Uma cena dura dessa pandemia foi a de pacientes na calçada, enquanto a UPA de Parnamirim estava com as portas fechadas pela superlotação. Visitei a cidade quando montou o centro de atendimento por telefone para orientação e regulação. Vi as dificuldades da UPA e do hospital Deoclécio Marques em dar conta dos casos. O Hospital de Campanha, aberto em junho, no pico da pandemia, foi um divisor de águas. Com 44 leitos, sendo 14 para pacientes críticos, o hospital deu conta do recado. Dos 244 pacientes hospitalizados, 12 foram a óbito, houve períodos de ocupação superior a 90%, mas o hospital prestou bons serviços e se saiu muito bem. Hoje, tem nos leitos intensivos, que são 14, quatro pacientes com covid-19. E nas enfermarias, que tem mais 30 leitos, 8 pacientes internados, quase todos suspeitos, mas sem diagnóstico fechado de covid. Parnamirim vai vencendo aos poucos os momentos mais difíceis da Covid. O Hospital de Campanha, junto à UPA e aos 10 leitos de UTI do hospital Deoclécio Marques, foi fundamental para a população de Parnamirim e seu entorno.
Dr. Geraldo Ferreira