3,3 bilhões é o lucro dos planos de saúde no primeiro trimestre de 2024. É um aumento gigantesco de 343% em relação ao ano passado. Aumentos sempre acima da inflação geral, autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já que se baseia na inflação da saúde, garantem reajustes significativos nas mensalidades.

Este ano a autorização da ANS foi de reajuste de 6,7% enquanto a inflação foi de 4,6%. Isso aliada a uma política feroz de suspensão e extinção de planos deficitários, negação de procedimentos, negativa de negociações anuais com os médicos, transformação dos médicos em pessoas jurídicas, glosas de procedimentos realizados, tem promovido achatamento na remuneração dos médicos, enquanto os pacientes sofrem para ter seus direitos de assistência atendidos pelas operadoras dos planos de saúde.

No final o resultado são lucros bilionários para o sistema, enquanto os médicos prestadores e os pacientes penam. É hora da categoria médica se reorganizar e dar um basta à exploração de sua mão-de-obra, e não abrir mão das negociações anuais e da manutenção da qualidade no atendimento aos pacientes.

Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN