O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sindmed RN) alerta para a possibilidade de paralisação no atendimento da obstetrícia e da pediatria no Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina), caso o pagamento referente ao mês de julho de 2024 não seja efetuado até o dia 5 de dezembro. A paralisação pode afetar o atendimento no hospital a partir das 7 horas da manhã do dia 6 de dezembro.

Os médicos obstetras e pediatras, que atuam no hospital através da Coopmed, já comunicaram a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), o Conselho Regional de Medicina e o Sindmed RN sobre a ameaça de suspensão dos serviços, caso a pendência financeira não seja resolvida.

A Coopmed, que intermedia o trabalho dos médicos cooperados, tinha anunciado o pagamento para o dia 30 de novembro, mas o valor ainda não foi quitado. A nova previsão de pagamento oferecida pela Coopmed é para o dia 10 de dezembro, o que ainda não garante a regularização da situação.

A escala de obstetrícia do hospital é composta por seis obstetras por dia, com 30 profissionais cooperados atuando no setor. Já a pediatria conta com 27 profissionais, sendo dois estatutários e 25 cooperados.

O Sindicato reforça que é fundamental que o Estado realize concursos públicos para garantir o número adequado de profissionais concursados, usando os serviços terceirizados de maneira complementar, e cumprindo rigorosamente os prazos de pagamento. “Esses profissionais enfrentam constantes atrasos nos pagamentos, o que tem impactado negativamente suas condições de trabalho e a própria sobrevivência de muitos médicos, em especial os jovens que estão iniciando suas carreiras”, enfatiza Geraldo Ferreira, presidente do Sindmed RN.

São José de Mipibu

Os médicos que prestam serviços para a Coopmed no hospital de São José de Mipibu também ameaçam paralisar os atendimentos a partir da próxima sexta-feira (6).

Da mesma forma que acontece no hospital Santa Catarina, os profissionais pediatras e obstetras, sendo 10 no total, estão sem os repasses dos plantões desde o mês de julho de 2024. A cooperativa também já havia feito um acordo com a categoria para realizar o pagamento até o dia 30 de novembro, o que não ocorreu.

O sindicato tem acompanhado com atenção e preocupação os frequentes atrasos de pagamento que afetam a categoria médica e já realizou diversas ações, incluindo reuniões com o Tribunal de Contas do Estado, assembleias e propostas de paralisações. O sindicato também tem buscado abrir negociações com o governo e as empresas responsáveis pelos pagamentos, sempre com o objetivo de reduzir os atrasos, que já chegam a seis meses.