08/03/2024
08/03/2024
Audiência de conciliação entre a Cooperativa de Anestesia do Rio Grande do Norte (COOPANEST) e a Unimed Natal, solicitada pelo Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed RN), que aconteceria nesta sexta-feira (8), não contou com a presença dos diretores da Unimed. A alegação da Unimed é que os diretores estavam realizando procedimentos de cirurgia, mesmo tendo recebido a convocação para a reunião com dois dias de antecedência, o que demonstra desinteresse na participação.
Os diretores da Coopanest se manifestaram dizendo que tinham cancelado seus compromissos para participarem da audiência, pois estavam na expectativa de um acordo e lamentaram a ausência da Unimed.
O encontro foi mediado pelo Promotor do Ministério Público do Consumidor, Sérgio Luiz de Sena, e contou também com a presença do Dr. Alexandre Matos, do Sinmed RN, da Coopanest e, por parte da Unimed, um advogado e um gerente.
Na ocasião, o presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira, expôs sua preocupação com a desassistência que tem atingido usuários da Unimed diante do baixo número de anestesistas que a cooperativa dispõe para a oferta dos serviços aos usuários.
Com a ausência dos diretores da Unimed, os advogados presentes solicitaram o reagendamento da audiência, que ficou prevista para a próxima terça-feira (12). Na ocasião as entidades devem mostrar o número de profissionais que prestavam serviços à Unimed e a quantidade atual que ela dispõe, e a Unimed apresentará seu plano de contingenciamento que prevê a assistência aos usuários
Durante a audiência, o presidente do Sinmed RN se posicionou fortemente na busca de um entendimento, cobrando que a Unimed tenha a postura de negociação, uma vez que a Coopanest ofereceu várias alternativas da prestação de serviço, inclusive economicamente mais viáveis do que o contrato que a Unimed fechou com a empresa terceirizada. Dr. Geraldo ressaltou ainda que esta empresa oferece uma jornada de trabalho nociva ao meio ambiente em que os profissionais anestesistas atuam, por exercerem cargas horárias superiores a 24h, o que compromete a segurança do ato anestésico para o paciente e riscos profissionais aos que o executam.