20/02/2019
20/02/2019
A Telemedicina já é uma realidade. No Rio Grande do Norte, o programa de Telemedicina foi implantado em setembro de 2010 e atua nos 167 municípios do estado, com prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares por meio de diagnósticos eletrocardiográficos, telefonia e internet.
São 225 aparelhos espalhados por todo o estado, realizando procedimentos de eletrocardiogramas. Em 8 anos de implantação do programa já foram realizados mais de 700 mil exames e 1 milhão de diagnósticos, de acordo com Carlos Eduardo de Albuquerque, coordenador do programa de Telemedicina da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).
“Pela telemedicina no estado já realizamos muitos cateterismos, angioplastia, implantes de marca passo. Através da telemedicina nós conseguimos chegar em lugares remotos, atendendo pela bandeira da telefonia móvel, sem precisar que o paciente se desloque até uma área urbana para ser atendido. Nós temos a telesaúde, com a telemedicina como um braço assistencial”, completou o coordenador do programa.
No entanto, o que tem gerado polêmica na nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), é a questão da teleconsulta, que prevê a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e pacientes localizados em diferentes espaços geográficos. O artigo deixa brechas para possíveis problemas, como abuso por parte dos planos de saúde ou até mesmo oferecer um atendimento superficial, podendo prejudicar o paciente.
Para Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN) a grande polêmica da resolução é a consulta em áreas remotas sem a presença de outro médico lá: “A telemedicina é um mundo novo que vai abrir toda uma frente jurídica. Hoje, há cada 8 minutos um médico é processado por questão de atendimento. Isso nos traz um certo receio com relação a teleconsulta. Mas é um mundo novo e importante e nós não podemos fechar os olhos para isso. Vai ser fundamental nos próximos anos com uma série de cuidados para que não haja abusos”, finalizou.