Entidades médicas se reuniram nesta sexta-feira (16), para discutirem a situação do fechamento do Hospital Municipal de Pediatria Dr. Nivaldo Júnior. O encontro aconteceu no Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN) e contou com a presença do secretário de Saúde de Natal, George Antunes, o presidente da Sociedade de Pediatria do RN (Sopern), Dr. Reginaldo Holanda, Frankyleide Santana, diretora geral do Novaldo Júnior, representante do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) e médicos do hospital.

Na ocasião o secretário de Saúde esclareceu os motivos da transferência e garantiu que não houve perda de leito hospitalar: “Essa transferência trouxe ganho assistencial e aumento de número de leitos. Teremos 28 leitos materno/infantil em uma ala exclusivamente pediátrica. Também teremos leitos com oxigênio, o que não tínhamos condições de fazer no hospital Nivaldo Junior pela falta de estrutura do prédio” disse.  

O secretário também assegurou que, com a mudança, o hospital terá condições de receber pacientes de alta complexidade, o que resultará no desafogamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A nova instalação também terá raio-x e laboratório.

Para o presidente da Sopern, Reginaldo Holanda, o resultado da reunião foi satisfatório, uma vez que houve ganhos para a pediatria e o atendimento não será prejudicado: “na verdade tivemos ganhos, já que agora o hospital terá capacidade de receber pacientes de alta complexidade. A Sopern irá monitorar para garantir que tudo esteja funcionando”, completou.

Já para o Sinmed RN, as principais preocupações seriam a redução de número de leitos e a situação estrutural da Araken, que apresentava problemas elétricos e já houve ameaça de incêndio: “O secretário nos apresentou que, dos 30 leitos que existiam no Nivaldo Junior, apenas 20 funcionavam, então teremos uma ampliação para 28 leitos nas novas acomodações. E nos mostrou uma ala totalmente renovada, bem cuidada, de forma que equaciona a situação da pediatria”, avaliou Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed.

Ainda de acordo com o presidente do sindicato, abre-se um pequeno problema na obstetrícia, que ocupava alguns leitos dessa ala, mas muito esporadicamente “Nós vamos acompanhar a questão da obstetrícia para saber se não vai sofrer diminuição do seu número de leitos disponíveis, consequentemente com prejuízo para as pacientes obstétricas. Aparentemente não haverá essa diminuição. Assim esperamos”, finalizou.