09/08/2017
09/08/2017
A situação caótica em que se encontra o estado da saúde publica no Rio Grande do Norte tem gerado graves consequências tanto para a população, quanto para a categoria médica. Visando propor melhorias e esclarecer a posição do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN) a respeito do quadro, o Presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, juntamente com as diretoras do Sinmed, Patrícia Campos e Kátia Correia, e Edson Gutemberg de Sousa, do Conselho Regional de Medicina, se reuniram na manhã da última terça-feira (8) com Kalina Filgueiro, Coordenadora Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde – CAOP Saúde.
Na ocasião foi discutida a problemática da contratação de médicos temporários, a necessidade da realização de um concurso público pela prefeitura de Natal, a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que já foi sancionado pelo atual prefeito, mas ainda não está em vigor, além dos constantes atrasos no pagamento dos salários dos médicos da prefeitura e do Estado.
Sobre o Estado, o sindicato se colocou em posição contrária sobre o fechamento ou transformação dos hospitais regionais em unidades básicas de atendimento. “É necessário que haja médicos nesses hospitais para prestarem serviço à população local, sem que o paciente precise ser encaminhado para outra cidade para receber atendimento. Não é justo que uma mulher grávida precise sair de sua cidade para dar a luz em outro local pela inexistência de um médico cirurgião e um hospital bem estruturado em sua região”, desabafou Geraldo Ferreira.
Como proposta, o Sinmed sugeriu um trabalho junto à prefeitura para que seja feita a implementação do PCCV, mesmo que gradual, e a realização de um concurso público, para que haja substituição dos médicos temporários por efetivos.
“Foi uma troca de informações interessante, um esclarecimento de posições de ambas as partes que poderão ter desdobramentos favoráveis. O nosso objetivo é a melhoria da prestação de serviço a população no atendimento da saúde pública e isso só pode ser concedido através de várias entidades envolvidas, entre elas o sindicato e o ministério público”, afirmou Geraldo Ferreira.