02/05/2017
02/05/2017
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN) encerrou as comemorações em homenagem ao 1º de maio com a Caminhada do Trabalhador, ato que ocorreu na manhã da última segunda-feira com a participação da Fenam, Confederação Nacional dos Médicos, SIPERN, SINTTAR RN, Força Sindical e SOERN a favor de melhores condições de trabalho da categoria.
A caminhada passou pelo Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel, onde foi denunciado o descaso com a saúde pública. O Presidente do Sinmed RN, Dr. Geraldo Ferreira, cobrou mais atenção das autoridades para o maior hospital público do estado e que recentemente fechou mais leitos de UTI. “É uma pena o desatino em que se colocou a saúde pública. Faltam equipamentos, faltam leitos, os pacientes estão no chão” lamentou.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Otto Baptista, se posicionou contra a reforma da previdência que prevê perda dos direitos trabalhistas: “O trabalhador não pode pagar a conta da crise. Os médicos são fortemente afetados por essas mudanças e precisam dialogar com os parlamentares e destacar as especificidades da profissão”.
O ato foi encerrado no Hospital Psiquiátrico Dr. João Machado. O diretor do Sinmed RN, Dr. Guaraci Barbosa, destacou alguns pontos críticos que necessitam de atenção como a falta medicamentos simples, o ambulatório e a enfermaria que foram desativados e a limitação de leitos. “Estamos aqui mais uma vez, como no 1º de maio do ano passado e aqui voltaremos em outros primeiros de maio, reivindicando os direitos do trabalhador, dos funcionários das instituições públicas hospitalares, clínicas e sempre defendendo a melhoria da assistência a saúde”, assegurou.
A caminhada do primeiro de maio ganhou forças nos últimos cinco anos e já é tradição no calendário de lutas da categoria. Geraldo Ferreira destaca a importância de externar as condições difíceis que os trabalhadores têm enfrentado e a preocupação por melhorias no atendimento hospitalar. Sobre as propostas das reformas trabalhistas, comenta que é responsabilidade do sindicato encampar essas lutas: “É importante tentar convencer a população de que essas reformas podem até acontecer, mas não à custa do sacrifício da classe trabalhadora”, completou.
