A falta de médicos diaristas é um quadro que está se repetindo em hospitais vinculados à Secretária de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (Sesap), devido a insuficiência no número de médicos para exercer a função. A falta de concursos públicos para repor essa mão de obra dificulta ainda mais o quadro de servidores, fazendo com que médicos plantonistas ocupem o lugar de médicos diaristas durante os plantões.

Esse acúmulo de função dos médicos plantonistas compromete os atendimentos de urgência e emergência dos hospitais, o que agrava ainda mais o quadro de saúde da região. Essa questão foi discutida nesta terça-feira (14) entre a direção médica e técnica do Hospital Alfredo Mesquita, em Macaíba, com os médicos da unidade e o Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed RN) que, na ocasião, solucionou a questão pedindo o reestabelecimentos da escala de diaristas na unidade, já que o atendimento estava sendo comprometido.

Os médicos informaram que haviam feito a escala para o mês de junho, porém, a direção não aceitou a escala apresentada. Foi decidido que a direção do hospital fará nova escala de diaristas para o mês de junho, baseada em assistência terceirizada, e os médicos plantonistas poderão voltar a cobrir as escalas de plantão que, anteriormente, estava sendo executada por terceirizados. O Sinmed RN também propôs que os médicos plantonistas ocupassem os espaços de diaristas desde que fosse fixado um tempo mínimo de permanência, para que fosse possível preservar a qualidade dos atendimentos e medicações dos pacientes.

Uma nova reunião com a direção do Hospital de Macaíba acontece na próxima quinta-feira (23), junto com uma visita do sindicato a unidade.

Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel

Esse problema não é exclusivo do Hospital Regional de Macaíba, os médicos do Hospital Walfredo Gurgel também estão passando pelo acúmulo de funções, pois não há no hospital um número suficiente de profissionais, fazendo com que a direção aloque médicos da clínica médica para realizar evoluções. Os médicos entendem que deve haver uma escala específica a neurologia, devido ao grande número de pacientes que necessitam de assistência especializada para se recuperar. O Sinmed RN está acompanhando a situação e deverá se reunir com a direção do hospital para viabilizar uma solução.