08/11/2022
08/11/2022
O Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed/RN) recebeu denúncia dos profissionais que atuam no Hospital da Mulher e Maternidade Leide Morais, na Zona Norte de Natal, de que a unidade de saúde tem ameaça de fechamento por parte da prefeitura municipal. A maternidade é referência em partos humanizados na capital Potiguar.
A justificativa da Secretaria de Saúde para o fechamento da maternidade seria a falta de médicos obstetras para completar as escalas de plantões, o que tem deixado a maternidade por vários dias sem cumprir sua função de atendimento.
Porém, no entendimento do Sinmed RN, a motivação para a falta de profissionais na maternidade se dá pelos atrasos sistemáticos no pagamento dos plantões destes obstetras, chegando a quatro meses de atrasos, tornando inválida a justificativa da secretaria.
A maternidade Leide Morais realiza, em média, mais de dois mil partos por ano e aproximadamente 400 curetagens uterinas. Estes são números significativos de atendimentos para a região e a perda destes serviços vai impactar no atendimento obstétrico de outras unidades de saúde, causando a superlotação na Maternidade Araken Irerê Pinto, por exemplo.
O deslocamento para outras regiões provoca também riscos para a mãe e para o feto, além de custos de deslocamento que terão que ser arcados pelos próprios pacientes.
Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN, afirma que a posição do sindicato é contrária ao fechamento da maternidade. “Entendemos que é preciso a ampliação das possibilidades de atendimento e acessibilidade das pessoas ao SUS e, de preferência, próximo aos seus locais de moradia, evitando trantornos ou riscos para os pacientes, principalmente em uma área sensível como é a obstetrícia”, afirma.