Lúcia Santos é eleita a primeira mulher presidente da FENAM

27/05/2023

Lúcia Santos é eleita a primeira mulher presidente da FENAM

27/05/2023

Lúcia Santos é eleita a primeira mulher presidente da FENAM

 

A Federação Nacional dos Médicos (FENAM), após 50 anos de história, será presidida pela primeira vez por uma mulher. O processo eleitoral ocorreu neste sábado (27) e elegeu a candidata Lúcia Maria de Sousa Aguiar dos Santos, representante da chapa FENAM Democrática, que assumirá o mandato a partir de 1 de julho de 2023.

A eleição foi sediada pelo Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), em Natal e foi fruto de um processo democrático que visa resgatar o movimento sindical nacional para atuar na defesa dos médicos em todas instâncias, desde a formação, especialização e trabalho, até a dignidade na aposentadoria.

Lúcia Santos é médica ginecologista e obstetra pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e tem uma história marcada por lutas e conquistas para a categoria médica. Preside o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), faz parte da diretoria da FENAM e é membro da Confederação Médica Latino-Americana e Caribe (CONFEMEL).

Sendo a primeira mulher e piauiense a assumir a presidência de uma entidade médica nacional, Lúcia destaca que este é um momento ímpar na história da medicina brasileira e para as mulheres médicas: “Hoje a FENAM deu mais um passo contra a ilegalidade, contra qualquer tipo de tentativa de burlar a entrada de uma mulher na presidência. Todo o pleito, todo o processo ocorreu dentro da legalidade, obedecendo ao estatuto e não foi fácil, porque nós sabemos dos desafios que uma mulher encontra quando pleiteia a liderança e uma instituição, ainda mais uma instituição nacional, é tanto que eu sou a primeira mulher em 50 anos” disse.

A ideia da chapa FENAM Democrática é se reorganizar em torno de sindicatos que tem um histórico de lutas trabalhistas, incentivando essas instituições a se reestruturarem e estimular os médicos a participarem e contribuírem financeiramente com essas entidades para manter a viabilidade de lutas sindicais e por uma saúde de qualidade para o povo brasileiro: “Nós vamos resgatar a medicina brasileira, vamos mostrar para o povo brasileiro que ele tem direito sim ao cuidado médico. Nós vamos lutar pela saúde do povo brasileiro dando igualdade, equidade e acesso a uma assistência de qualidade”, afirmou a candidata eleita.

O presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira, parabenizou a nova presidente e relembrou o início da luta junto à FENAM: “Para nós do Sinmed RN foi uma alegria muito grande poder sediar presencialmente essa eleição tão significativa, e a possibilidade de votar na Dra. Lúcia para leva-la como primeira mulher a presidir a FENAM é uma conquista grandiosa para todos nós”, disse. “Iniciamos essa luta com a FENAM em meados de 2012 e, desde então, temos levantado a bandeira do resgate, da dignidade médica, dos planos de cargos e carreira. A história do Sinmed RN é muito parecida com a do SIMEPI. As nossas lutas são similares e por coincidência, nesses dois Estados existem plano de cargos e carreira para os médicos, há um salário que permite uma aposentadoria digna e transferir essas conquistas para o plano nacional irá ajudar muito a fortalecer os sindicatos locais”, completou.

Para as mulheres, em especial as médicas, Lúcia Santos deixa a seguinte mensagem: “Mulheres, assumam, participem do movimento sindical. Ainda temos muito trabalho pela frente e precisamos estar em cargos de liderança porque a forma que mulher trabalha é diferente, tem um outro ritmo que é muito necessário à frente de qualquer instituição”, finalizou.

A eleição foi acompanhada por observadores independentes

Para tornar visível a transparência e lisura do processo eleitoral, os sindicatos solicitaram o acompanhamento de representações independentes que acompanharam toda a votação. O pleito contou com a participação do presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), Marcos Jacome e Henrique Santos, representando a Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN). Após o processo os observadores fizeram uma declaração afirmando que tudo ocorreu dentro das normas legais e estatutárias, sem qualquer transtorno.

 

 

 

 

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