Entidades médicas se preocupam com o aumento de faculdades de medicina pelo país

08/04/2024

Entidades médicas se preocupam com o aumento de faculdades de medicina pelo país

08/04/2024

Entidades médicas se preocupam com o aumento de faculdades de medicina pelo país

Com o aumento da quantidade de faculdades de medicina no país, o número de médicos também cresce. O Brasil tem uma média de quase 580 mil médicos em todo o seu território, com uma proporção de, aproximadamente, 3 médicos por mil habitantes, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Essa quantidade de médicos traz preocupações para entidades da saúde, que não conseguem metrificar a qualidade do ensino das novas escolas de medicina pelo país.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), Geraldo Ferreira, é necessário ter cautela com esse aumento de faculdades de medicina e de profissionais. “É preciso ver, primeiro, se há campo de trabalho para esses profissionais médicos que estão se formando e, segundo, se a qualidade desses profissionais atende os interesses das regiões em que esses cursos se instalam e também um currículo mínimo de conhecimentos e práticas compatíveis com o exigido pela sociedade brasileira”, explica o presidente.

No Rio Grande do Norte, o Sinmed tem sido convidado para visitar instituições de ensino superior que estão se preparando para abrir ofertas de curso de medicina, como o Centro Universitário UNIFACEX e o Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e, durante suas visitas, o sindicato deixa claro o padrão de qualidade exigido para a formação de novos médicos, são professores contratados que tenham formação acadêmica e qualificações como mestrado e doutorado que garantam um ensino de excelência.

Uma das preocupações manifestadas pelo sindicato durante as visitas às universidades é a necessidade de hospitais onde os alunos possam fazer treinamento.  “A realidade hoje é que a prática, mesmo nas faculdades particulares, é baseada na rede pública, em ambulatórios e hospitais públicos, que não contam com preceptores para orientar os estudantes em suas condutas”, afirma Geraldo Ferreira.

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