Em reunião com secretário de saúde, sindicato debate preocupações sobre atendimento na rede pública

Em reunião com secretário de saúde, sindicato debate preocupações sobre atendimento na rede pública

Em reunião com secretário de saúde, sindicato debate preocupações sobre atendimento na rede pública

 

Durante reunião realizada hoje (5) na Secretaria de Estado de Saúde Pública do RN (Sesap), o presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed RN), Geraldo Ferreira, questionou o fechamento de unidades de saúde e paralisação de serviços médicos no estado.

A reunião com o secretário de saúde, Cipriano Maia, foi intermediada pelo ex-presidente da EBSERH, Kleber Teixeira, e teve a participação do presidente da Associação Médica do RN, Marcelo Cascudo.

A preocupação das entidades médicas com o atendimento à população se dá pela paralisação das cirurgias ortopédicas no hospital Deoclécio Marques, localizado no município de Parnamirim, devido ao encerramento do contrato com a Cooperativa Médica (Coopmed).

“O hospital Deoclécio Marques tem um número significativo de cirurgias que passam de 300 por mês. Ele é um hospital que desafoga o Walfredo Gurgel e a interrupção dos serviços naquela unidade de saúde é fatal para muitos pacientes”, afirma Geraldo Ferreira.

O sindicato propôs ao secretário de saúde que, emergencialmente, o serviço da Cooperativa continue, o contrato seja renovado, mas que a secretaria realize chamada dos concursados ou realize novos concursos para que não haja a desativação de serviço neste momento, em razão do prejuízo extremo para população.

Cipriano Maia demonstrou entendimento com as entidades médicas presentes e declarou que a Sesap vai “estudar como reorganizar o serviço e fazer essa transição do atendimento”.

 

PLANTÕES

Na ocasião, o presidente do Sinmed RN também falou sobre a  recomendação do Ministério Público do RN (MPRN) com relação as escalas de plantões.

Geraldo Ferreira afirmou que o número de plantões para 40 horas  deve ser de oito na porta e os outros quatro plantões restantes devem ser usados para complementação de acompanhamento a pacientes, atividades de ensino – já que os hospitais tem residência e acompanhamento de estudantes, e  atividades de procedimentos eletivos.

 Para Ferreira, existe um equívoco quando se exige que todos os plantões sejam prestados na porta do hospital, quando o cumprimento da carga horária pode ser completo, mas com divisão de atividade.

RUY PEREIRA

Outra questão levantada pelo sindicato foi a do fechamento do hospital Ruy Pereira, anunciada pela Sesap.

A posição do Sinmed é de que não concorda com o encaminhamento da secretaria de fechamento do hospital e de distribuição dos pacientes, uma vez que isso vai desestruturar os serviços e haverá dificuldade em manter a qualidade no atendimento aos pacientes.

COOPERATIVA

Durante a reunião o presidente do Sinmed estimulou ainda que o secretário defenda os interesses públicos, negocie com a Cooperativa Médica valores que sejam compatíveis com a realidade econômica do estado e que chame os profissionais que já são concursados ou providencie novos concursos para que o número de profissionais da rede própria do estado efetivamente se estabeleça.

“Que os serviços complementares sejam efetivamente complementares”, enfatizou Geraldo Ferreira.

 

O secretario de saúde finalizou a reunião com o compromisso de ter uma resposta quanto a manutenção dos serviços do Deoclécio Marques já amanhã pela manhã.

“O acordo para tentar manter o atendimento foi importante para desarmar uma bomba de efeitos gravíssimos. A paralisação das cirurgias ortopédicas pode trazer prejuízo para as famílias e para os pacientes com a demora para a realização de cirurgia, complicações, sequelas e até riscos de óbito. Para nós, o compromisso do secretário nos deu um grande alívio”, afirmou Geraldo Ferreira.

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