30/12/2016
30/12/2016
Editorial
Há duas formas de governos, um em que a situação econômica permite e por orçamento ou empréstimo o governo faz obras. Outro, sem recurso e prisioneiro de dificuldades financeiras o governo faz ou tenta fazer reformas. Os próximos prefeitos, recebida a senha do aperto econômico, deverão tentar em 2017, em parceria com Estados e País, aumentar a arrecadação e conter gastos, mesmo que isso implique comprometimento do serviço prestado ou perda de direitos dos trabalhadores. Os Sindicatos precisarão acompanhar tudo com muita atenção e prontidão. A redução de números de médicos por plantão, para permitir abertura de mais UPAs é uma medida que pode colocar em risco profissionais e pacientes. O Sindicato está pronto para intervir e localmente atuar junto aos gestores para não permitir que isso ocorra. Não teremos um 2017 fácil. Mas, os últimos aumentos do governo federal para algumas categorias, com o argumento de que já são leis aprovadas, mostram que nossas metas para 2017 são possíveis, mesmo com PEC do teto. No Estado do RN precisamos garantir a continuidade da lei da carreira, que prevê reajuste de 10%, em 2017 e 2018. No Município de Natal e Parnamirim cabe garantir concursos e a efetiva implantação do PCCV, que permitirá uma remuneração justa e facilitará a atração de médicos para o serviço público. E assim, fechamos 2016, de muitas greves, mobilizações e resistência. Apesar das dificuldades garantimos neste ano os 10% do plano do Estado e a aprovação do PCCV de Natal e Parnamirim. Balanço de avanços, portanto. E que 2017 nos encontre renovados para as lutas e que sejamos capazes de garantir um exercício seguro e digno para o trabalho médico e uma saúde de qualidade para o povo de Natal e do Rio Grande do Norte.
Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN