21/06/2010
21/06/2010
Em assembléia realizada nesta segunda-feira (21), no Sinmed, os médicos do estado decidiram, por unanimidade, decretar uma nova greve como forma de pressionar o Governo do Estado a cumprir o Plano de Cargos e Carreiras – com reajuste salarial – que foi aprovado no fim de março e sancionado em 3 de abril.
O presidente do Sinmed, Drº Geraldo Ferreira, abriu a assembléia informando que o secretário estadual de Saúde, George Antunes de Oliveira, disse, no fim da tarde da segunda, que será encaminhada uma consulta ao Tribunal de Contas de Estado (TCE) sobre o limite prudencial, com relação à folha de pessoal dos servidores públicos, obedecendo o que rege a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
De acordo com Drº Geraldo, há a informação de que existem duas folhas preparadas pelo governo, uma com o reajuste acordado para a folha de junho e outra sem esse reajuste, o que inviabilizaria o pagamento dos salários conforme o acordo que levou ao fim da greve deflagrada em meados de fevereiro e encerrada em 9 de março.
O presidente do Sinmed informou ainda que os servidores cumprirão a lei de greve, atendendo apenas 30% dos pacientes de urgência na rede estadual, vão tirar os plantões, mas não prestarão atendimento das AIHs, as chamadas Autorizações de Internamento Hospitalar. Os serviços de urgência e emergência ficam mantidos em todos os hospitais da rede pública.
A greve terá ínicio nesta sexta-feira (25), a partir das 7 hs. Já está agendada uma mobilização no hospital Walfredo Gurgel, a partir das 10h, desta quarta-feira (23). Caso haja alguma resposta positiva do governo serão dados novos encaminhamentos. “Estamos reivindicado algo que já foi acertado, queremos que a lei seja cumprida, pois além do prejuízo financeiro, há também o moral”, disse Dr. Eduardo Onofre, presente na assembléia.
Lembramos aos médicos que na próxima quarta-feira (30), às 19h30, será realizada na sede do Sinmed mais uma assembléia para decidir as novas diretrizes. A confirmação será divulgada no site.