Cai por terra a política do Governo Federal aplicada ao longo dos últimos treze anos, porque os programas implementados, que eram passos emergenciais para o salto que o Brasil daria na direção de escola pública de qualidade, distribuição de renda, respeito às diferenças e à diversidade, abertura de novas relações e parcerias globais, que dariam ao Brasil um status de líder mundial, não foram complementadas, já que o projeto era outro, não libertar o povo ou o país, mas escravizar politicamente, pela dependência, grupos sociais, instituições, e a imensa legião de pobres, que em vez de instrução e trabalho passaram a receber o jugo de uma bolsa, retroalimentando a dependência.

Era apenas um projeto perverso de poder. No plano internacional, negando o nosso histórico cultural e humano, aliou-se e passou a defender em fóruns internacionais, violadores dos direitos humanos, ditaduras e párias das relações internacionais, apenas pela pose de aparecer como independente das influências que são formadoras de nossa nacionalidade. E por que isso?

Para um jogo de desconstrução que permitisse uma refundação do país, onde esses novos pais fundadores fossem reverenciados e perpetuassem o poder pessoal ou de seu grupo. Mas as coisas não caminharam no planejado. Sem um projeto sustentável que permitisse educar e aumentar a produtividade dos nossos jovens e trabalhadores preferiu-se usar abusivamente de bolsa e cotas para mascarar a educação e o crescimento econômico que não vieram e garantir uma reserva de votos para manutenção no poder. Para culminar, investigações comprovam o imenso aparelhamento das instituições do país e uma corrupção desenfreada e disseminada que minou a credibilidade do governo e jogou por terra o sonho de poder continuado.

Agora o país procura se reencontrar com sua história e seus valores, uma geração que não caiu no conto do vigário clama por mudança da prática que levou o país a uma crise sem par de caráter econômico, político e moral. A busca de si próprio desperta o povo, no coração do país bate a esperança. Estamos num momento histórico, o país está em busca de si, o povo não abre mão do que constituiu a nossa nacionalidade, e clama decência. Dessa busca há o encontro entre o país e a nação, entre o povo e a cidadania.

Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN