Técnicas anestésicas e transfusão de sangue foram debatidas no primeiro dia da Jornada de Anestesiologia

05/08/2016

Técnicas anestésicas e transfusão de sangue foram debatidas no primeiro dia da Jornada de Anestesiologia

05/08/2016

Tiveram início hoje (5) a XIV Jornada de Anestesiologia de Mossoró e a XXIII Jornada Norteriograndense de Anestesiologia, com o tema central Anestesia e vida – superando as adversidades. Foram realizadas seis mesas temáticas com aulas-palestras, de expositores de várias partes do país.

Ao todo, o evento conta com a participação de oitenta inscritos para os dois dias de jornada na cidade de Mossoró. São 19 palestrantes convidados e 31 aulas planejadas para os dois dias de atividades. “A interiorização dos eventos científicos é uma política de valorização do profissional de anestesia porque muitas vezes se tem dificuldade em se deslocar para cidades maiores”, afirmou Ronaldo Fixina, anestesiologista e organizador das Jornadas.

O Médico Nilton Vale, da cidade de Natal, afirma que Mossoró é uma cidade a parte do estado e há muitos anos realiza esse evento que abrange não só médicos da região como de estados vizinhos também. “A anestesiologia é um conhecimento vertiginoso e para acompanhar essa renovação continuada é preciso promover esses espaços de encontro. O resultado do encontro é um atendimento de melhor qualidade para o paciente”, disse.

Foram apresentadas aulas sobre segurança e qualidade em anestesia, avanços e novos equipamentos para o auxilio da anestesia, além de temas mais técnicos que esclareceram o manejo adequado do anestésico ou a anestesia mais apropriada para os diversos casos cirúrgicos.

A transfusão de sangue em pacientes com crença religiosa Testemunha de Jeová é uma polêmica antiga e também foi debatida hoje pelo médico Mauro Gifoni, do Ceará. De acordo com ele, o Código de Ética Médica aponta que a decisão de fazer ou não transfusão de sangue deve ser do paciente. “o paciente, independente de sua crença religiosa, deve ter sempre sua vontade respeitada, só podendo ser contrariado no caso específico de risco de morte”, explica.

Apresentando sua aula com cinco casos de pacientes Testemunhas de Jeová que foram atendidos por ele ao longo de sua vida profissional, Gifoni esclareceu a questão legal na decisão do médico em realizar a transfusão. “Esgotadas todas as possibilidades, para preservar o bem maior que é a vida, como está disposto na Constituição Federal, o paciente deve ser transfusado”.

As atividades foram encerradas no final da tarde e logo mais acontece a solenidade de abertura das Jornadas, no Hotel Thermas, 20h, com a participação de representantes das entidades médicas do estado. Amanhã (6) a programação científica inicia às 08h20,no Salão Ouro Negro.
 

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