A Comissão Pró SUS formada por integrantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Associação Médica Brasileira (AMB) traçou na manhã desta sexta-feira (06) estratégias de mobilização pela regulamentação da Emenda 29. O objetivo será fazer pressão no Congresso Nacional para incluir na pauta a votação da Emenda.

"Temos que nos organizar, as entidades médicas precisam forçar o Governo com um grande movimento. Se nós não fizermos nada, não vai mudar," destacou o Secretário de Comunicação da FENAM, Waldir Cardoso.

A questão das urgências e emergências também está preocupando os membros da Comissão. Uma das propostas é realizar vistorias periódicas em hospitais de diversas cidades brasileiras para verificar as condições de trabalho e de atendimento à população. Na próxima terça-feira (10) o secretário de Saúde Suplementar da FENAM, Márcio Bichara, vai participar de uma mobilização em Cuiabá, que atualmente enfrenta uma crise na saúde pública.

O dirigente da FENAM lembrou que a iniciativa das visitas surgiu durante uma reunião com a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal no início de abril. Sensibilizados com os apelos das entidades médicas os senadores decidiram compor um grupo que visitará os hospitais espalhados por todo o país.

"Será uma visita política, mas os senadores se dispuseram a participar dessas visitas nos hospitais, porque essa precariedade de atendimento nas urgências e emergências do país é uma questão de direitos humanos," explicou.

Durante os informes da reunião, o coordenador da Pró-SUS, Aloísio Tibiriça, destacou que uma Comissão voltada para discutir a remuneração médica no SUS está sendo formada no âmbito do Ministério da Saúde em conjunto com as entidades médicas. A previsão é de que na próxima semana a portaria que institui a Comissão seja publicada.

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