01/12/2014
01/12/2014
Na manhã da última sexta feira (28), o plenário da Câmara Municipal de Natal recebeu a Comissão de Saúde e representantes da área para a audiência pública “as condições de trabalho da assistência médica e as faltas de insumos nas unidades de saúde do município”. A proposição do dialogo foi do vereador Franklin Capistrano, dentre os representantes do legislativo apenas o vereador Hugo Manso, que não faz parte da Comissão de Saúde, e o Presidente da casa estiveram presentes. O Ministério Público não enviou representantes.
Compuseram a mesa principal o presidente do Sindicato dos Médicos e da Fenam, Geraldo Ferreira, o Secretario de Saúde Cipriano Maia, o conselheiro do CRM, Sidney Costa; Luciano Gomes Cavalcanti, representante dos enfermeiros, e Norma Ataúde representante do controle social, Coordenadora da pastoral da saúde da Arquidiocese de Natal, além do propositor da pauta.
A audiência durou mais de 4 horas e foram apresentadas a função da comissão de saúde, vídeos de visitas da comissão à unidades de saúde, a fala de todos que compuseram a mesa sobre as perspectivas e dificuldades no dia a dia da saúde pública em Natal. O secretario de saúde fez uma longa apresentação dos serviços estruturais já realizados nas unidades e das demandas previstas. Segundo o secretário não há possibilidades de mais investimento em folhas de pagamento. Cipriano anunciou uma aumento no orçamento da saúde em pouco mais de 14% para 2015.
Após a apresentação do secretário de saúde os médicos inscritos puderam compartilhar com os presentes e com a sociedade, através da transmissão ao vivo via TV Câmara, alguns exemplos dos déficits da saúde municipal e cobraram explicações do gestor. Foi pontuado por uma profissional sua angustia com relação a atenção ao atendimento aos idosos, não citado em nenhum momento pelo Secretario durante sua apresentação. A médica expôs ainda a falta de material básico para atendimento especial a essa população e para a boa saúde do médico em seu local de trabalho.
DEPOIMENTOS
Na audiência um médico do Sandra Celeste cobrou mais atenção com as demandas pediátricas, sendo o hospital praticamente o único que atende o publico de Natal e cidades ao redor. De acordo com o médico, apenas em setembro foram atendidas mais de 400 crianças provenientes do interior, sendo 50% de Parnamirim, fora a demanda de Natal que é enorme. Denunciou ainda a falta de medicação mínima necessária para atendimento de urgência e emergência. “Não precisamos de ações de médio e longo prazo, precisamos de ações imediatas”, cobrou o médico.
Durante a audiência o Presidente do Sinmed questionou o secretário de saúde quanto ao projeto construído pela SMS em ao Programa Saúde na Família. De acordo com o documento a secretaria reduz em 50% o valor da gratificação para 20h. A justificativa do secretário é de que a diminuição visa corrigir uma discrepância nos pagamentos. O Sinmed RN se posiciona contrário à proposta e já articula, com o vereador Frankilin Capistrano, para que caso a proposta se torne pauta de votação na Câmara Municipal, não seja aprovada.