Sinmed entrega documento sobre pediatria do RN ao Ministro da Saúde

22/03/2013

Sinmed entrega documento sobre pediatria do RN ao Ministro da Saúde

22/03/2013

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou o hospital Monsenhor Walfredo Gurgel na manhã desta sexta-feira (22) para acompanhar a adesão do complexo hospitalar ao programa S.O.S Emergência. Na ocasião, a vice-presidente do Sinmed, Mônica Andrade entregou ao Ministro um documento sobre a atual situação da pediatria no Estado.

Na última terça (19), o Pronto Socorro do Santa Catarina fechou as portas devido a falta de profissionais para completar a escala. Este é o terceiro mês consecutivo em que o serviço tem que ser reduzido. No dia 26 o Walfredo Gurgel também fica sem pediatras e no dia 27 é o Deoclécio Marques em Parnamirim que fecha o atendimento infantil.

A pediatra Kátia Correia Lima, diretora do Sinmed e vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte (Sopern) e a pediatra do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Sônia Godeiro também acompanharam a entrega do relatório. 

Pediatras apontam contratação imediata como solução

Uma assembleia realizada ontem (21), pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte (SOPERN) enumerou os motivos que estão levando ao fechamento das escalas de plantões nos serviços hospitalares do Walfredo Gurgel, Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina) e Hospital Deoclécio Marques (Parnamirim).

Dentre os principais motivos estão o déficit do número de pediatras para preencher a escala durante todo o mês; instalações inadequadas na maioria das instituições; falta de insumos básicos tais como: papel toalha, falta de medicações básicas, falta de sensores de oximetria de pulso; falta de aparelhagem necessária em serviços de urgência/emergência, falta de recursos humanos, principalmente dos técnicos de enfermagem que na maioria das vezes dificulta o andamento dos procedimentos médicos instituídos; falta de classificação de risco na maioria dos serviços de emergência, que é uma normatização obrigatória nestes serviços conforme o próprio Ministério da saúde.

No caso do Walfredo Gurgel, outro agravante em particular é a falta de chefia de escala que dificulta ainda mais o andamento do serviço frente à deficiência de profissionais pediatras e obriga os profissionais a fazerem uma escala com apenas um profissional em turno de 12 horas.

Para sanar estas deficiências a Sociedade aponta que é necessário convocar em regime de urgência profissionais pediatras, seja em regime de Cooperativas ou seleção simplificada, para preencher a carência destes serviços.

A implantação do sistema de Classificação de Risco seria outro ponto que contribuiria para uma melhor assistência, bem como a adequação dos insumos básicos nas redes hospitalares.

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