17/01/2013
17/01/2013
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN) não viu com bons olhos a ameaça do governo do Estado de cortar o ponto dos médicos grevistas, caso eles não retornem as atividades. Nesta terça-feira (15), o governo emitiu nota oficial propondo reajuste salarial de 12% para categoria e ameaçando cortar o ponto na ausência dos profissionais nas unidades hospitalares.
Apesar da ameaça, o presidente do Sinmed/RN, Geraldo Ferreira, disse que em assembleia realizada nesta terça (15), os médicos decidiram por manter a greve, que teve início no dia 29 de abril de 2012.
“Vamos manter, não vamos retroceder a uma ameaça de um governo autoritário. A estratégia agora é encaminhar os pacientes prejudicados com o caos vivenciado na saúde pública para a justiça. Vamos orientar os pacientes a processar o Estado, inclusive por danos morais”, disse Geraldo.
Segundo ele, o governo ainda não atendou para a principal reivindicação da categoria. “Nossa luta não é somente e nem principalmente por questão salarial, é por condições de trabalho e, ao que parece, o governo não sabe ou não quer saber disso. Lutamos por dignidade no trabalho, os 12% a categoria sempre aceitou, mas não só isso”, lembrou.
Geraldo explica que a busca do diálogo é para a formação de uma comissão paritária, que deveria apresentar soluções viáveis para saúde pública e para a carreira médica num prazo de 120 dias.
“Nós buscamos a implantação da carreira médica, condições de trabalho para o profissional, dignidade para o paciente. Hoje tudo isso falta. Queremos soluções viáveis para o problema da falta de leitos nas UTI’s e enfermarias, os pacientes não podem ficar expostos nos corredores. Mas infelizmente o governo não quer negociar e, por isso, a greve continua”, diz Geraldo.