Secretaria quer suspender escala com três médicos

19/01/2014

Secretaria quer suspender escala com três médicos

19/01/2014

O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, disse que para fevereiro novas medidas serão implementadas. Ele irá requerer do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) a suspensão da recomendação em que determina a escalação de três profissionais por turno, para poder “completar a escala até o final do mês, perdurando até ter a questão com a cooperativa solucionada”.

Por seguinte, a Sesap elabora um documento aos profissionais da ortopedia que cumpram sete plantões de porta de entrada (urgência e emergência) e cinco de enfermaria. Para os profissionais de 40h a obrigação é cumprir 12 plantões ao mês. “Eles mesmos estão fazendo escala com seis na porta e seis na enfermaria”. Outra recomendação é a elaboração imediata para o mês de fevereiro de escala com dois plantonistas, estatutários, para porta. Está sendo enviado também, acrescenta, uma notificação oficial ao Ministério Público sobre a situação divergente entre a Sesap e médicos.

À TRIBUNA DO NORTE o presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcanti, afirmou que vai acatar o pedido do secretário Luiz Roberto de suspender a recomendação da escala de três ortopedistas durante duas semanas. “O secretário me fez esse pedido e nós não podemos radicalizar”, garantiu.

Para Hausemann Moraes, ortopedista do HWG, o hospital já opera com número abaixo da média ideal para a demanda. Segundo ele, a quantidade mínima seria de 30 médicos no total. Com a recente desoneração de 4 ortopeditas a situação se agravou. “Nos últimos dois anos 17 colegas saíram do hospital”, relata. Conforme o médico, a quantidade de dois por turno causa desassitência aos pacientes, já que numa cirurgia se precisa dos dois. No caso, com três, um fica para a recepção da porta de entrada.

“Queremos que a Sesap ouça o porque dos plantonistas não terem aceitado a proposta”, relata. “Estamos cansados da escala já adiantada e ainda tem outros fatores negativos”, aponta o médico listando como dificuldade as condições de trabalho na unidade, a medida de alteração para sete plantões ao mês e a produtividade do profissional, que “produz mais e recebe menos do que um cirurgião”, afirma. 

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