Saúde busca alternativas para maternidade

20/04/2011

Saúde busca alternativas para maternidade

20/04/2011

Diminuir de 48 horas para 24 horas o prazo de permanência das mães após nascimento dos bebês nas maternidades e hospitais do Rio Grande do Norte. Essa pode ser a medida implantada a curto prazo para minimizar a superlotação dos leitos de obstetrícia dessas unidades. A alteração somente será instituída após análise do Conselho Regional de Medicina (Cremern) que deverá ser anunciada até a próxima quarta-feira (27). A medida foi discutida na noite desta terça-feira (19) em reunião na Associação Médica do RN.

O secretário Marciano Paisinho explica que caso o Cremern seja favorável a diminuição do tempo de permanência da mãe e bebê nas unidades – desde que os dois passem por uma avaliação criteriosa -, haverá uma maior rotatividade nos leitos de obstetrícia.

O diretor da Maternidade Divino Amor, Antônio Brito, acrescentou que dos 41 municipios pactuados com Parnamirim, 20 já ultrapassaram a cota mensal estabelecida com a Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim. Desse total, sete cidades extrapolaram a cota anual. “Nos 10 primeiros dias de abril fizemos 206 partos. Isso é um absurdo”, disse.

Brito disse que a secretaria fez uma grande compra de insumos, medicação e alimentos para a maternidade para manter a unidade abastecida até janeiro de 2012. Entretanto, com a crescente demanda ele acredita que a compra dure somente até o mês de agosto deste ano.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do RN, Geraldo Ferreira, a Maternidade Divino Amor está pagando um preço alto por sua eficiência. E falou ainda sobre a subutilização dos hospitais regionais, “O estado não pode fugir de suas obrigações têm que descentralizar o atendimento para o interior do RN e não apenas entregar os hospitais regionais aos municípios porque corre o risco deles se transformarem apenas em ambulatórios”.

A promotora de Saúde Parnamirim, Luciana Maciel, ressaltou que está aguardando o município se pronunciar a respeito das cidades pactuadas que já extrapolaram a cota mensal e anual. “Vamos entrar em contato com esses municípios para saber o porquê deles não oferecerem atendimento adequado às mães e bebês, mas para isso precisamos dos dados que serão fornecidos pelos representantes da prefeitura”, destacou a promotora.

Entre as outras sugestões encaminhadas à secretária adjunta de Saúde do Estado, Ana Tânia Sampaio, que também participou da discussão, estão: regulação dos leitos obstétricos no estado; levantamento do total de profissionais que atuam nas maternidades e hospitais do estado, além da descentralização do atendimento obstétrico.

Com Informações da Asscom Parnamirim.

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