02/12/2011
02/12/2011
O pronto atendimento do hospital infantil Sandra Celeste está com a sala de raio-x interditada há mais de cinco meses, dificultando a vida de médicos e pacientes.
De acordo com o presidente da Sociedade de Pediatria do RN, Nivaldo Junior, o serviço de raio-x oferecido pelo hospital é referência no município de Natal e lamenta ao falar que o seu fechamento se deu por “questões políticas”.
Quem sofre com esta medida são as crianças que precisam fazer os exames para dar prosseguimento ao atendimento. Além do tempo que terá de aguardar para ser levada até o hospital dos Pescadores ou ao Varela Santiago, ainda existe a problemática da locomoção destas pessoas, uma vez que muitos pacientes atendidos no Sandra Celeste são de famílias carentes.
“Quando a criança está bem, pode esperar. Mas e quando o caso é grave? O Samu não transporta ninguém para fazer exame”, afirma Dr. Nivaldo.
Em período de viroses e dengue o Sandra Celeste chega a atender, em média, 450 crianças por dia. De janeiro até agosto deste ano já atendeu mais de 70 mil pacientes. “Então não é uma unidade qualquer. É um hospital que precisa de atenção”, constata.
Além deste impasse com a sala de raio-x os médicos também enfrentam o problema, que é generalizado no município, de falta de estrutura para o desenvolvimento do trabalho. Hoje falta até receituário, sendo improvisado para esta finalidade um bloco de papel cortado ao meio, com carimbo do hospital.
O número de enfermeiros no hospital também é insuficiente para a demanda. Com isso o hospital deixou de fazer a classificação de risco aos pacientes que chegam, norma exigida pelo Ministério da Saúde.
Confira o áudio do Dr. Nivaldo Júnior sobre o Hospital Sandra Celeste: