09/08/2016
09/08/2016
Médicos residentes do Hospital da Polícia Militar de Natal se reuniram no Sinmed RN ontem (8) com o presidente da entidade, Geraldo Ferreira, e o setor jurídico para definir ações que possam garantir o recebimento das bolsas de estudo, atrasadas há quatro meses.
Os residentes paralisaram os atendimentos no hospital desde o dia 22 de julho, após tentarem negociação com o comando do Hospital da Polícia, Gabinete Civil do Estado e Secretaria de Saúde do RN, e não conseguirem solucionar os pagamentos.
Com o apoio dos advogados do Sinmed RN, os residentes devem entrar com mandado de segurança individual para garantir a regularização dos pagamentos a partir de agora. Já as bolsas em atraso devem ser pagas através de convênio já existente entre o Hospital e a Universidade Potiguar, ainda sem data definida para acontecer.
Um outro problema na unidade de residência médica é a falta de preceptores no turno vespertino, ficando os estudantes sozinhos no plantão e sem o auxílio acadêmico obrigatório. Além de não existirem reuniões teóricas-práticas, seminários, discussões de casos clínicos e de artigos, nem rodarem em seis áreas básicas: pneumo, onco, reumato, psiquiatria, geriatria e neuro.
“O prejuízo maior é o aprendizado prejudicado, a descaracterização da residência. É desestimulante”, lamenta a médica residente Elineia Vieira.
Geraldo Ferreira deve se reunir com o Presidente da Comissão Nacional de Residência Médica na quinta-feira para expor o problema e solicitar uma visita da comissão ao hospital. “Tentamos todas as vias de negociação, infelizmente não foi solucionado”, afirma Ferreira.