21/07/2011
21/07/2011
Em reunião na noite de ontem, 18, os médicos radiologistas do estado levantaram uma série de questionamentos sobre o programa de Telemedicina do RN.
Os médicos expuseram que não foram consultados sobre a implantação do programa, que na área da radiologia vem sendo terceirizada por uma empresa do Espírito Santo, sem nenhuma a participação dos radiologistas do estado.
Estão sendo apontados como problemas também os valores oficiais deste contrato, as negociações de honorários e a confiabilidade dos laudos, uma vez que não se sabe se os casos estão sendo discutidos entre os médicos.
Os médicos questionaram ainda o posicionamento do secretário de saúde, Domício Arruda, que, em matéria veiculada no jornal O Mossoroense do dia 2 de julho, afirmou que uma das vantagens da telemedicina era o valor do laudo, o qual através da empresa terceirizada custa cerca de R$ 5, e que para cobrir a demanda de serviço de telemedicina da cidade seriam necessários pelo menos dez profissionais. No entanto, alguns médicos aguardam ser chamados através do último concurso realizado pelo Governo do Estado.
Apesar de aprovarem o programa e reconhecerem a importância do avanço para a medicina e a facilidade para o paciente, os radiologistas questionam a falta de valorização do trabalho médico e a o aviltamento da carreira da forma que tem sido empregado o serviço.
Para o Sindicato dos Médicos, que apóia a luta da classe, o uso da telemedicina através da terceirização é um tipo de atitude que pode deturpar a radiologia, bem como, pode trazer consequências para o mercado de trabalho do Estado.
Através da Sociedade de Radiologistas do RN os médicos pretendem elaborar um documento que será enviado aos órgãos e entidades competentes, apontando as diretrizes nacionais para o serviço de telemedicina, além do posicionamento e cobranças da classe médica radiologista do estado.
Uma nova reunião entre os médicos está marcada para o dia 8 de agosto, às 19h30, no Sinmed.
