Pronto-socorro do Hospital Santa Catarina funciona em área improvisada

06/12/2011

Pronto-socorro do Hospital Santa Catarina funciona em área improvisada

06/12/2011

 A obra de reforma e ampliação do Hospital Santa Catarina, na Zona Norte da cidade, está comprometendo o funcionamento da unidade hospitalar. O pronto-socorro está funcionando em uma área improvisada, a sala de radiologia está sem condições de uso e os eletrocardiogramas são realizados em uma sala com uma divisória improvisada. Além disso, pacientes de alto risco da obstetrícia aguardam atendimento no mesmo corredor que os pacientes da clínica médica.



De acordo com o diretor administrativo do hospital, José Carlos Leão, a obra teve início em 2007 para a ampliação do hospital e a reforma do pronto-socorro adulto e do setor de radiologia. Toda a obra foi dividida em quatro etapas, das quais três já foram concluídas. A reforma do PS adulto e da sala de radiologia correspondem à última etapa da obra que começou em 2009. "Em outubro de 2010 houve a primeira paralisação da obra por falta de pagamento da empresa", disse José Carlos. Segundo ele, em março de 2011 a governadora Rosalba Ciarlini visitou a obra e se comprometeu a reiniciar os trabalhos e entregar a unidade pronta em agosto. As obras de fato foram reiniciadas ainda no mês de março, mas o prazo de entrega não foi cumprido porque houve uma nova paralisação por falta de pagamento em junho deste ano.



"Em setembro a obra foi mais uma vez retomada com quatro funcionários, em outubro e novembro eram apenas dois funcionários e agora não tem mais ninguém trabalhando", disse José Carlos. Enquanto a obra não é concluída, médicos e pacientes convivem com os transtornos causados pela falta de estrutura. "Só estamos fazendo raio-x simples com os equipamentos portáteis que temos aqui. Se chega um paciente que precisa de um raio-x mais complexo temos que encaminhá-lo para outros hospitais e, para isso, temos que manter uma ambulância de plantão aqui 24h. A porta de entrada do pronto-socorro foi improvisada e acaba prejudicando os pacientes que chegam em estado grave", explicou José Carlos.



A equipe do Diário de Natal esteve no local e constatou que a obra está em fase de acabamento, faltando apenas a pintura e limpeza de algumas áreas. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, a empresa responsável pela obra já recebeu 100% do valor do contrato, mas, como a obra demorou mais tempo que o previsto, a empresa teria direito a um realinhamento de preços. "A empresa fez essa solicitação junto à secretaria de Infraestrutura (SIN) e até onde sei faltava o cálculo desse realinhamento", informou o secretário.



A reportagem do Diário de Natal entrou em contato com a assessoria da secretaria de Infraestrutura e foi informada de que o realinhamento de preços é feito pela secretaria de Planejamento. "A Secretaria de Infraestrutura faz apenas o acompanhamento e a fiscalização da obra. Qualquer problema de pagamento é com a secretaria que irá receber a obra", informou a assessoria.

 

 

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