Profissionais da saúde lotam Praça Sete de Setembro em manifestação contra planos de saúde

25/04/2012

Profissionais da saúde lotam Praça Sete de Setembro em manifestação contra planos de saúde

25/04/2012

Durante a manhã de hoje, 25/04, o Sindicato dos Médicos, junto a outros sindicatos da saúde e representantes de várias entidades médicas, mobilizou dezenas de pessoas na manifestação contra as empresas que operam no setor da saúde suplementar e contra as más condições da saúde pública do estado.

Além da manifestação que ocorreu na praça sete de setembro, foi realizada também uma audiência pública na Assembleia Legislativa, convocada pelo Deputado estadual Leonardo Nogueira.

A mesa foi presidida pelo Deputado Getúlio Rêgo, em substituição ao propositor, e foi composta pelos médicos Fernando Pinto (Coopmed), Álvaro Barros (Associação Médica), Sônia Godeiro (Sindsaúde), Ivan Farias (Soern), e teve a representação também dos estudantes, através do aluno de medicina da UERN, Felipe Matos.

Durante a audiência foram levantadas diversas questões nas duas áreas de debate: saúde pública e privada.

No sistema público foram denunciados casos de desabastecimento das unidades de saúde, falta de vagas na UTI (no Walfredo Gurgel 30 pacientes por dia ficam a espera de uma vaga), incentivo a qualificação profissional, contra a privatização de hospitais do estado e a luta nacional pelo piso salarial.

Já sobre os planos de saúde as queixas giram em torno da má relação entre empresas e médicos, reajuste de honorários de consultas e procedimentos, com recuperação das perdas financeiras dos últimos anos e definição da ANS sobre inclusão de critérios de credenciamento, descredenciamento, glosas e outras situações que configuram interferência na autonomia do médico no contrato de trabalho.

E na pauta dos estudantes está a reivindicação contra a abertura de novas escolas médicas, não a revalidação de diplomas de médicos formados fora do país e melhores condições no ensino médico.

De acordo com o estudante Felipe Matos (UERN), a escola de medicina de Mossoró não tem infraestrutura necessária para atender as necessidades dos alunos, nem campo para estágio curricular obrigatório, obrigando muitos destes alunos a se deslocarem para outras cidades para completar a grade curricular. Por este motivo, os estudantes se posicionam contra a intenção do governo em autorizar a implantação de três novas escolas de medicina no município.

Hoje a tarde os médicos realizam, às 15h, um abraço ao Hospital Walfredo Gurgel, chamando atenção das autoridades políticas e da população no intuito de demonstrar que são contrários a privatização da unidade.

A noite, às 19h, acontece assembleia avaliativa, no Sinmed, onde será decidido ou não pela decretação da greve.

“Estamos aguardando as respostas do governo. O prazo para o posicionamento sobre as reivindicações da categoria se esgota hoje. Caso não sejamos atendidos, com razoabilidade, entraremos em greve e nos juntaremos ao Sindsaúde, que já paralisou suas atividades no início deste mês”, declarou Dr. Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.

Toda a mobilização de hoje faz parte do dia nacional de luta pela valorização dos médicos, datado este ano em 25 de abril. Os médicos de todo o país vão alertar a sociedade e a população usuária de planos de saúde sobre os baixos honorários e as interferências antiéticas praticadas pelas operadoras com uma paralisação de advertência de 24 horas.

 

Confira imagens da mobilização em nosso album de fotos.  

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