Partos são retomados com restabelecimento da prestação do serviço dos anestesiologistas

05/01/2012

Partos são retomados com restabelecimento da prestação do serviço dos anestesiologistas

05/01/2012

Após três dias sem realizar partos que necessitem de profissionais da anestesiologia, a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) teve o atendimento do setor de obstetrícia normalizado ontem, 4. Os 11 anestesiologistas ligados à Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM) decidiram retomar a prestação do serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) apenas em relação aos partos.

Conforme o diretor da CSDR, André Néo, às 6h de ontem a realização de partos na única unidade de referência da região foi retomada. No entanto, os anestesiologistas solicitaram que os procedimentos de obstetrícia fossem realizados em outro centro cirúrgico da Casa de Saúde Dix-sept Rosado.
"Conversei com o representante da categoria, o anestesista Ronaldo Fixina, e ele assegurou que os plantões com a presença de um profissional serão agora retomados. Agora vai fluir normalmente o atendimento da obstetrícia. Acertamos que por enquanto os partos cesarianos deverão ser realizados no centro cirúrgico do térreo da CSDR. Isso porque o principal centro cirúrgico passará por uma reforma e dentro de 15 dias os procedimentos serão novamente no antigo setor", explica André Néo.

A mudança de centro cirúrgico é necessária para garantir o suporte de equipamentos para realização dos procedimentos anestésicos.
Durante o período da paralisação da categoria, que iniciou no último dia 1º de janeiro, 32 gestantes deixaram de ser atendidas no que se refere à realização dos partos na Casa de Saúde Dix-sept Rosado.

Cerca de 40 cirurgias eletivas deixam de ser feitas em Mossoró devido a greve dos especialistas

Desde a paralisação dos anestesiologistas, iniciada em 1º de janeiro, cerca de 40 cirurgias eletivas deixaram de ser feitas no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) e Instituto de Neurocardiologia do Hospital Wilson Rosado.
Segundo o diretor administrativo da CAM, o anestesiologista Ronaldo Fixina, em média todo dia 10 cirurgias eletivas deixam de ser realizadas. "Esse volume diário de cirurgias varia um pouco. Tem dia que há mais e outros menos, mas geralmente são cinco por dia em cada uma dessas unidades hospitalares", reforça Ronaldo Fixina.

De acordo com o anestesiologista, a normalização do serviço depende ainda de posicionamento formal por escrito da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM), assegurando o pagamento do acréscimo, o chamado Plus de 100% em cima do valor pago pelo procedimento na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
"Nós estamos aguardando o documento da Prefeitura assegurando que irá cumprir plenamente com o contrato firmado no ano passado e que tem vigência até julho deste ano. Assim as cirurgias eletivas permanecem suspensas até segunda decisão da CAM", ressalta Ronaldo Fixina.

O especialista destaca ainda que os profissionais querem garantias de que a Prefeitura não irá voltar atrás da decisão de pagar o valor integral. "Um dia, a Prefeitura diz que não vai pagar e no outro diz que vai pagar. O que garante que daqui a pouco a Prefeitura não muda de opinião novamente?", questiona.
Ronaldo Fixina enfatiza que a decisão da Prefeitura, que eles entendem como a quebra de contrato, foi o estopim para a paralisação. "Nós queremos melhores condições de trabalho sim. Mas não vamos ser hipócritas e dizer que ficamos satisfeitos em trabalhar sem saber se vamos receber pelos serviços", diz o anestesiologista.

 

whatsapp button