Ortopedia do Deoclécio Marques é suspensa por falta de pagamento

15/12/2015

Ortopedia do Deoclécio Marques é suspensa por falta de pagamento

15/12/2015

Os médicos ortopedistas do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, paralisaram hoje (15) as atividades clínicas por tempo indeterminado. Eles reclamam de uma dívida de R$ 1,2 milhão da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) para com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), entidade responsável pelas cirurgias de ortopedia daquela unidade de saúde.

Segundo o médico Rogério Santos, coordenador da escala de atendimentos do Deoclécio Marques, o Governo do Estado não cumpre com o repasse financeiro à entidade desde setembro. “São três meses em atraso. Não podemos trabalhar sem perspectiva de receber salário”, reclama.

A estimativa é de que os meses de setembro, outubro e novembro representem uma dívida total de R$ 1,2 milhão. No entanto, a Coopmed, que tem contratos com outros dois hospitais públicos estaduais, reclama ainda de outros R$ 5 milhões em repasses não efetuados. “Estamos solicitando há diversos dias uma reunião para discutir a falta de pagamento, mas o secretário de saúde [José Ricardo Lagreca] nunca nos recebeu”, reclama.

Caso os atrasos se perpetuem, a Coopmed também anunciou que pode paralisar a partir de janeiro do próximo ano os serviços de cirurgia geral, clínica médica e cirurgia vascular nos hospitais Walfredo Gurgel e Santa Catarina.

Ainda de acordo com Rogério Santos, os ortopedistas que atuam no Hospital Deoclécio Marques realizam 350 cirurgias mensais. “Somos a referência neste tipo de atendimento”, diz. O Deoclécio Marques tem hoje, em escalas de plantão, 30 médicos ortopedistas.

Por dia, a unidade chega a receber também entre oito a dez pacientes transferidos do Hospital Walfredo Gurgel para a realização das cirurgias reparadoras, as chamadas osteossínteses, com a colocação de placas e parafusos de fixação para a reparação das estruturas ósseas.

Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria Estadual de Saúde informou que não há prazos para o pagamento da dívida com a cooperativa médica. Uma reunião com a Secretaria Estadual de Planejamento, prevista para hoje, poderá definir uma tabela de pagamentos.  

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