17/06/2011
17/06/2011
Na campanha salarial 2011 o Sinmed desencadeou negociações com o Governo do Estado, Prefeitura de Parnamirim e Prefeitura de Natal.
Em Parnamirim, os médicos e o Sindicato não conseguiram entendimento com a Secretaria em relação à pauta de reivindicações e os médicos da Maternidade Divino Amor encontram-se em greve desde segunda-feira(13/06).
O grande impasse em relação ao Governo do Estado é a incorporação da gratificação de auto complexidade no valor de R$ 2.200 que passaria a fazer parte do salário. Como o governo estava avançado com as negociações em conjunto com todos os sindicatos e havia dificuldades de negociações separadas, os médicos se reuniram e definiram por um indicativo de greve a partir do dia 01 de junho. No entanto, as negociações continuaram a avançar, através do Secretário Estadual de Saúde, e no dia 27 de maio houve um encontro entre o Sinmed, o Secretário Estadual, Domício Arruda e a Consultora Geral do Estado, Thatiane Mendes. Nesse encontro se definiu que os médicos não abririam mão de terem a incorporação ainda este ano, no entanto, haveria a possibilidade de uma flexibilização dos prazos.
A proposta inicial do plano de Cargo e Carreira era que metade desta gratificação de R$ 2.200, ou seja, o valor de RS 1.100 seria incorporado em maio e a segunda parcela, também no valor de R$1.100, seria incorporada em dezembro. A proposta de acordo apresentada pelo SINMED ao Governo do Estado prevê a incorporação de 100% da gratificação em junho com os efeitos financeiros a partir de setembro, sendo assim, o Governo do Estado começaria a pagar em setembro o valor retroativo. Ou seja, em setembro pagaria retroativo a junho, em outubro retroativo a julho e em novembro retroativo agosto e a partir daí segue normal.
No dia 3/05 Dr. Domício Arruda foi portador de correspondência do secretário Dr. Paulo de Tarso aceitando o acordo proposto pelo Sindicato nas datas propostas para implantação da gratificação.Em assembléia os médicos junto ao secretário de saúde discutiram exaustivamente o restante da pauta de reivindicações, mas como a principal motivação para greve era a incorporação os médicos por unanimidade foi suspenso o indicativo de greve.
Os outros pontos da pauta também são muito importantes: criação da carreia de urgentistas, gratificação de urgência no valor de R$ 3.000, carga de plantão reduzido de 12 para o máximo de 10, no caso dos profissionais que acumulam 40 horas semanais, manutenção de serviços de pediatria da rede, convocação de concursados para recomposição de escalas, calendário de pagamentos em atrasos de 1/3 de férias, plantões por indenização e salário dos recém contratados.
Para todos os itens o Secretário mostrou disponibilidade de negociação e se dispôs a procurar o entendimento a respeito das reivindicações e prazos viáveis para implantação ou pagamentos que estão em atraso.
No dia 30 de maio o Sinmed juntamente com os médicos do município se reuniram com a secretária de saúde, Dra. Maria do Perpétuo. Na ocasião, foi discutida a pauta apresentada a Prefeitura Municipal para negociação já que havia a possibilidade de greve dos médicos em virtude dos atrasos sucessivos na implantação dos Planos de Cargo e Carreira do Município.
Além disso, havia uma série de reivindicação, como melhoria na infra-estrutura e nas condições de atendimento aos pacientes, diminuição da carga horária de 12 plantões para 10, no caso daqueles profissionais que acumulam 40 horas semanais, além da convocação de concursados e uma posição firme do Sindicato contra as terceirizações que vem sendo efetivadas pelo município.
Durante esta reunião a secretaria confirmou que o Município havia feito a implantação total do PCCV, ou seja, as parcelas referentes a janeiro, março e maio se completavam naquele final de mês.
Ficou acertado a redução da carga horária que passará a ser o máximo de 10 plantões para os profissionais que tem 40 horas semanais e reuniões mais freqüentes entre o Sindicato e a Secretária procurando melhorar o funcionamento da rede de forma que os pacientes possam ser melhor atendidos. A secretária se comprometeu ainda a providenciar solução para cerca de 200 médicos e profissionais da saúde que tiveram problemas com o documento de adesão do PCCV e por isso não estavam habilitados a terem a sua implantação.