O sindicato dos médicos do RN, representado pelo seu presidente Geraldo Ferreira e a representante do Sindicato dos servidores da saúde no Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE), Sônia Godeiro realizaram visita técnica e manifestação durante toda a manhã da sexta-feria, (9) no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró.

A manifestação e a visita foram motivadas por uma reforma que se arrasta há mais de 1 ano na unidade e que há cinco meses encontra-se parada. Os sindicalistas se reuniram junto aos servidores do hospital a fim de alertar os usuários e toda a população sobre o descaso do Estado com a saúde pública.

Em seguida eles estiveram reunidos na sede do Conselho Regional de Medicina – CRM, onde juntos, elaboraram uma Nota a respeito da privatização da administração do hospital da mulher de Mossoró, inaugurado pela Governadora Rosalba Ciarline na tarde de ontem, como também, sobre a contratação dos médicos.

É que de acordo com Geraldo Ferreira, presidentedo SINMED, os médicos que irão trabalhar no hospital da Mulher, estão sendo contratados como "Pessoa Jurídica", numa forma de tentar burlar a lei. "Isso é um verdadeiro absurdo, e justamente por isso, nós vamos acionar o ministério público do trabalho. Eles estão contratando médicos de outras cidades, como pessoa jurídica, para não ser necessário arcar com os impostos e os cargos trabalhistas, como férias, entre outros impostos que são necessários. É uma verdadeira fraude trabalhista", destacou.

Já a coordenadora estadual do Sindisaúde, Sônia Godeiro, vai bem mais adiante nas denúncias. É que de acordo com ela, o acesso , a contratação dos trabalhadores está sendo feita por indicação de terceiros, principalmente de políticos. " Os trabalhadores não são concursados. Colocaram uma empresa para fazer uma seleção, mas pelo que sabemos, é de fachada. Os trabalhadores estão simplesmente sendo indicados por terceiros, não existe uma fiscalização, e nós sabemos que esses empregos serão cobrados mais tarde, através de políticos, que irão querer trocar os empregos por votos, e o ministério terá que avaliar essa questão, porque nós vamos cobrar", disse Sônia Godeiro.

Para o médico Walter Júnior, delegado sindical dos médicos em Mossoró, todas essas questões devem ser avaliadas. "E é justamente por isso, que estamos divulgando essa Nota, para que os responsáveis possam analisar e tomar as devidas providências", disse. 

Com informações do Correio da Tarde.