A partir deste mês os plantões extras dos profissionais de anestesiologia realizados no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) serão pagos diretamente pelo Estado, que fará o repasse, sem intermédio do município, à Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM).

De acordo com o presidente da cooperativa, Ronaldo Fixina, desde o dia 1º, o município não tem mais responsabilidades com a categoria em relação a esses plantões.

A realização do contrato diretamente com o Estado foi uma reivindicação dos próprios anestesiologistas, que já chegaram a enfrentar atrasos de quatro a cinco meses. Com relação às mudanças acarretadas com o contrato, o médico disse que só é possível afirmar algo no final do mês, mas adianta que o documento registrado em cartório dá direitos à categoria.

Por dia, dois profissionais de anestesiologia ficam de plantão no Tarcísio Maia. Ronaldo Fixina explicou que a contratação de plantões extras através de cooperativas ocorre para suprir as lacunas que existiriam na escala, já que o Estado não possui profissionais suficientes para preencher o cronograma.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), o contrato foi assinado e está vigorando sem necessidade de intervenção no serviço.

Já no que diz respeito ao atendimento da anestesiologia em relação à obstetrícia, Ronaldo Fixina afirmou que não há nada garantido, nem na Casa de Saúde Dix-sept Rosado nem em qualquer outro lugar. Ele comentou que ainda não sabe como ficará a situação, já que Município alega que não pode mais contratualizará com os médicos, o que deve ser feito pelo hospital e a Dix-sept Rosado passa por dificuldades.

De acordo com Fixina, para atender na obstetrícia os anestesiologistas reivindicam firmação de contrato, pagamento de todos os débitos existentes, que segundo ele, remetem a produção dos meses de maio, junho, julho e agosto, referentes a atendimentos realizados a Casa de Saúde Dix-sept Rosado, Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró e Hospital Wilson Rosado, e visita com verificação de checklist, por parte da CAM, ao local onde o serviço será realizado.

A assessoria de comunicação do município afirmou que a Prefeitura está trabalhando em várias frentes para tentar encontrar uma solução de forma imediata e definitiva e que para isso, está analisando várias possibilidades, mas só irá se pronunciar sobre o assunto quando tiver uma solução, com parcerias e contratos firmados. A questão da anestesiologia está inserida nessas análises.

Com relação ao prazo dado pela Sesap para que o município resolva a questão do atendimento aos partos de médio e baixo risco, a assessoria do Município afirmou que a Prefeitura não está trabalhando com base no prazo, em primeiro lugar porque foi pega de surpresa e em segundo, porque a situação da Casa de Saúde Dix-sept Rosado ainda não foi definida.

A assessoria afirmou ainda que o município só pode assinar contato quando houver aparelhos para sediar o serviço.