04/10/2012
04/10/2012
Os médicos do Rio Grande do Norte participarão de manifestação contra os abusos cometidos pelos planos e seguros de saúde na próxima quarta-feira (10), na praça 7 de setembro (em frente à Assembleia Legislativa), às 10h. Como forma de manifesto, o atendimento aos planos de saúde será suspenso durante toda a quarta, porém, os casos de urgência e emergência não serão prejudicados. Os pacientes serão previamente informados da suspensão do atendimento, podendo ter suas consultas e procedimentos eletivos reagendados.
Em todo o país, no dia 10, os profissionais realizarão atos públicos (assembleias, caminhadas e concentrações) protestando contra os abusos.
Ainda na quarta, será realizada uma assembleia com as entidades médicas do RN na sede da Associação Médica Brasileira (AMB-RN), às 19h. Com base em decisões tomadas nas assembleias de cada estado, a categoria poderá voltar a suspender, por tempo determinado, consultas e outros procedimentos eletivos por meio de guias dos convênios – sem cobrança de valores adicionais .
Além de reajuste nos honorários, os médicos pedem o fim da interferência antiética das operadoras na relação médico-paciente. Também reivindicam a inserção, nos contratos, de índices e periodicidade de reajustes – por meio da negociação coletiva pelas entidades médicas – e a fixação de outros critérios de contratualização.
Nos últimos 12 anos, os reajustes dos planos somaram 150% (30 pontos percentuais acima da inflação acumulada no período – 120%). No mesmo período, os honorários médicos não atingiram reajustes de 50%. Da receita de R$ 82,4 bilhões, de acordo com a ANS, foram aplicados na assistência médica R$ 67,9 bilhões, o que sugere um margem de lucro abusiva.
Conheça os cinco pontos da pauta de reivindicação da categoria médica:
1. Reajuste dos honorários de consultas e outros procedimentos, tendo como referência a CBHPM.
2. Inserção nos contratos de critério de reajuste, com índices definidos e periodicidade, por meio de negociação coletiva
3. Inserção nos contratos de critérios de descredenciamento
4. Resposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio de normativa, à proposta de contratualização, encaminhada pelas entidades médicas
5. Fim da intervenção antiética na autonomia da relação médico-paciente.
O que acontece?
No dia 10 de outubro, médicos de todo o país organizam atos públicos (caminhada, manifestação, assembleia) para marcar o início do movimento.
Durante 15 dias, entre 10 e 25 de outubro, os profissionais podem suspender o atendimento através das guias dos planos de saúde.
Os pacientes serão previamente informados da suspensão do atendimento, podendo ter suas consultas e procedimentos eletivos reagendados.
Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.
Comunicado Oficial
Os presidentes da Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (FENAM) encaminharam, na última terça-feira (2), ao Ministério da Saúde, comunicado formal sobre a realização de um grande protesto organizado pelos médicos contra as empresas que operam no setor da saúde suplementar. Juntamente com o ofício enviado às autoridades, os médicos entregaram cópia da carta que será encaminhada às operadoras.