09/12/2015
09/12/2015
Os médicos residentes de Natal começaram ontem (08) uma paralisação por tempo indeterminado. A greve é uma iniciativa do Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) e acontece também em várias capitais do pais, na perspectiva de chamar atenção para uma série de reivindicações, entre elas: o reajuste no valor da bolsa paga pelas instituições e por melhores condições de trabalho para a categoria.
Durante a paralisação, cumprindo as determinações do Conselho Federal de Medicina (CFM), será mantida escala mínima de 30% do quadro normal de médicos residentes nas unidades de urgência, emergência e UTIs, além dos plantões de intercorrências nas enfermarias. Porém, as demais atividades estão interrompidas.
A greve é uma continuidade do Movimento Nacional de Valorização da Residência Médica, iniciado em 27 de agosto pela ANMR. A instituição alega que o Ministério de Saúde e o da Educação não atenderam as reclamações que a categoria apresentou na época e agora os atendimentos só serão normalizados quando as exigências forem cumpridas. São elas:
1 – Alteração imediata da composição da Comissão Nacional de Residência Médica – CNRM conforme proposta da ANMR de 18/10/15 e fim da Câmara Recursal;
2 – Plano de avaliação adequada de todos os programas de Residência Médica que não tenham sido avaliados com presença de especialista da área e representante dos residentes. Interrupção imediata da abertura de novas vagas ou ampliação de programas já existentes até o fim da avaliação dos programas de residência médica em funcionamento hoje. Delimitação de um plano nacional estratégico de ampliação de vagas de residência conforme as necessidades de cada especialidade em cada região do país com ampla, efetiva e deliberativa participação dos médicos residentes e entidades médicas. Revisão do instrumento de avalição dos programas de residência com participação das entidades médicas e médicos residentes;
3 – Levantamento dos dados da situação financeira dos últimos 5 (cinco) anos das instituições que ofereçam programas de residência médica a ser realizado no prazo de 3 (três) meses e analisado em prazo idêntico. O Governo Federal deverá propor soluções às instituições que apresentarem cortes nos orçamentos;
4 – Correção inflacionaria do valor da bolsa de Residência Médica desde março de 2013, último reajuste, até dezembro de 2015 de acordo com o índice de variação dos custos dos gastos IPCA do período, acrescido do aumento de 5,5% oferecido aos servidores públicos federais. Previsão em lei de data de reajuste da bolsa de residência médica em março de cada ano corrente de valor mínimo correspondente à inflação acumulada do ano anterior;
5 – Garantia de que a reposição do tempo paralisado não atrase o fim dos programas de Residência Médica.
Programação de atividades locais:
11/12 – às 08h – doação de sangue e panfletagem no Hemonorte (Av. Alm. Alexandrino de Alencar, nº 1800 – Tirol, Natal/RN);
15/12 – às 08h – mobilização pela valorização da residência médica na frente Hospital Universitário Onofre Lopes (Av. Nilo Peçanha, 620 – Petrópolis, Natal/RN).