Médicos mudam estratégia para pressionar Governo

07/12/2012

Médicos mudam estratégia para pressionar Governo

07/12/2012

A greve dos médicos do Estado já dura quase sete meses e não obteve nenhum avanço. Prevendo a possibilidade de o Governo se manter irredutível, a categoria definiu que será necessário mudar a estratégia para que o Governo tome uma posição. O Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) deu um prazo até a próxima terça-feira (11) para que o Governo aceite a proposta de reajuste inicial em janeiro de 2013. Caso esta não seja aceita, o Sindicato levará as denúncias à frente com maior repercussão e manterá a greve com maior efetividade.

De acordo com o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, os médicos do Estado decidiram “fazer barulho” caso não haja uma negociação definitiva que atenda à suas reivindicações. “Estamos em um momento decisivo, no qual ou avançamos para um acordo definitivo com o Governo ou teremos que levar a denúncia para planos nacionais. Estamos solicitando aos hospitais um relatório sobre a situação nos últimos meses, com relatos e fotos do caos instaurado neles. Caso o Governo não apresente a proposta concreta, que atenda às nossas exigências vamos juntamente com a comissão de direitos humanos da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), apresentar a denúncia formalmente para a imprensa nacional, em coletiva. Talvez, fazendo mais barulho, os gestores públicos tomem uma posição definitiva para resolver o problema da saúde pública no Estado”, afirmou o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira.

Os novos rumos da greve foram definidos durante assembleia geral realizada nesta segunda-feira (4), na sede do Sinmed. Na ocasião, a categoria conheceu as propostas feitas pelo Governo na última reunião realizada entre o presidente do Sinmed e a governadora Rosalba Ciarlini. Durante reunião, o Governo propôs a criação de uma comissão paritária que até março estabeleceria um entendimento entre as partes, tentando viabilizar uma ‘trégua’ na greve.

No entanto, durante a assembleia, o Sindicato declarou para os médicos que não aceitou a proposta do Governo por não haver nenhuma garantia de cumprimento das negociações e lançaram uma contra proposta, pedindo um reajuste inicial de 13,5% em janeiro de 2013, como condição para a criação da comissão paritária, estabelecendo mais um prazo para a resposta do Governo. 

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