04/06/2012
04/06/2012
Os médicos do estado votaram pela continuidade do movimento grevista, após analisarem a contraproposta do governo em assembleia, realizada nesta segunda (4/6), no Sinmed. Em resposta ao movimento paredista, que já dura 36 dias, o governo ofereceu o reajuste de 7%, sendo 3,5% em setembro e a outra metade do reajuste em dezembro, de maneira não cumulativa.
De acordo com o ofício do governo, assinado pelo secretário de Administração e Recursos Humanos, Antônio Alber Nóbrega, os outros pedidos da categoria ficam condicionados ao “estudo mais aprofundado da situação”, por comissão paritária “para a construção de um modelo mais eficiente” a ser colocado em prática na saúde estadual.
Para a médica Edna Palhares, a proposta do governo "além de aviltante, não fala se quer em melhores condições de trabalho, isso é inaceitável", enfatiza a médica do Giselda Trigueiro.
Após discussões acerca do ofício enviado pelo governo, os médicos decidiram que não abrem mão dos pontos já reivindicados ao governo, como: adoção do novo piso salarial médico, resultante da incorporação da GDAC (gratificação de alta complexidade) para os médicos de ambulatório, municipalizados, cedidos e aposentados, ainda não contemplados com este novo piso; correção da inflação de 14% para o salário base; criação de uma gratificação por atividade médica no valor de 50% para todos os níveis salariais da tabela do Plano de Cargos e Salários. Além de condições de trabalho e abastecimento em todas as unidades da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).
"A partir de agora precisaremos fortalecer o movimento e será fundamental a colaboração de toda a categoria. Sem condições de trabalho, nada feito! A greve continua", afirma Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed. Segundo o presidente deverão ser encaminhadas, por email, novas diretrizes para esta fase da greve.