Médicos decidem intensificar ações da greve geral

22/02/2010

Médicos decidem intensificar ações da greve geral

22/02/2010

Diante da falta de uma proposta significativa por parte do Governo Estadual, os médicos decidiram, por unanimidade, em assembléia realizada na sede do Sinmed, nesta última segunda-feira (22), intensificar a greve iniciada no dia nove deste mês.

Na assembléia, que contou com uma grande participação da categoria e recebeu cobertura da imprensa (veja álbum de fotos), os profissionais analisaram o movimento desde a sua deflagração e chegaram à conclusão que é preciso unir forças e fortalecer a greve para que o impacto do movimento seja ainda maior na sociedade e ganhe a devida atenção dos gestores públicos.

A Secretaria Estadual de Saúde, por sua vez, anunciou que até o final da semana vai apresentar uma proposta mais adequada aos desejos da categoria, depois de encerrados os encontros entre as equipes técnica e financeira da administração estadual. Mas uma coisa é certa: os médicos não vão aguardar a posição da Sesap de braços cruzados.

Indagado sobre o movimento parecer fraco, Dr. Geraldo Ferreira Filho, Pres. do Sinmed, lembrou que o comando de greve vem agindo com bastante cautela e cuidado em preservar os atendimentos de urgência e emergência à população já tão sofrida.

Depois de muitas discussões sobre os rumos do movimento e como o mesmo deve ser intensificado, os presentes na assembléia chegaram a um consenso de promover uma agenda de manifestações a partir desta quarta-feira (24.02).

O primeiro hospital a parar as atividades será o Walfredo Gurgel. A partir das 10h até o meio dia, os médicos vão suspender os atendimentos e realizar uma grande mobilização em frente à unidade. Para a quinta-feira ficou agendada a paralisação do Hemonorte e do Hospital João Machado por 12 horas, das 7h às 19h. Neste período ficam mantidos apenas os atendimentos internos, sem o recebimento de novos pacientes. E na sexta-feira é a vez dos hospitais Santa Catarina, Giselda Trigueiro e Deoclécio Marques em Parnamirim.

Lembramos aos médicos que a participação, presença e disseminação das informações são de fundamental importância neste momento. É o tudo ou nada para os médicos que não aceitam mais esta situação de arrocho salarial, más condições de trabalho e pressão nas unidades precárias em que trabalham. Não basta apenas querer, é preciso fazer, indo à luta com os demais colegas e exigindo respeito aos direitos da classe.

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