29/12/2010
29/12/2010
A Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte (Coopmed) iniciou ontem uma paralisação nas atividades de 250 médicos que atendem em nove instituições do estado. O motivo da interrupção foi a quebra do contrato firmado entre o governo estadual e a Coopmed, que previa o pagamento dos meses de setembro, outubro e novembro que até o momento não foram realizado. A dívida já ultrapassa a marca de R$ 2 milhões.
O presidente do Coopmed, Fernando Pinto, informou que os serviços paralisados envolvem plantões, cirurgias de alta e média complexidade e atendimentos ambulatórios que são pagos por meio de uma parceria firmada entre Governo do Estado e prefeitura, que respondem respectivamente por 60% e 40% dos valores. Em relação ao pagamento que deveria ser feito pelo governo do estado, o presidente informou que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) pediu um prazo até o dia 30 de novembro e depois remarcou para o dia 10 de dezembro, mas nada foi feito. Já a prefeitura de Natal informou que estará realizando o repasse dos salários nos próximos dias.
Participam dessa paralisação, os médicos que prestam serviço ao Estado no Hospital Natal Center, Hospital do Coração, Promater (Incor), Hospital Memorial, Hospital Médico Cirúrgico, Hospital da Liga Contra o Câncer, Hospital Infantil Varella Santiago, plantonistas do Hospital Walfredo Gurgel e intensivistas do CRO, em Natal. Também participam os clínicos gerais que atuam na cidade de Assú e Caicó.
Por mês, os profissionais de saúde da Coopmed realizam mais de 3 mil cirurgias, 200 cirurgias ortopédicas em plantões e cerca de mil atendimentos ambulatoriais. A dívida do governo do estado com a Coopmed já ultrapassa os R$ 2 milhões, mas nessa conta não está incluído os aumentos de 20% para os meses de setembro e outubro autorizados pela Sesap.
Em nota divulgada à imprensa, a Sesap afirmou que o pagamento referente ao mês de outubro foi efetuado ontem pelo órgão, e o mês de novembro está esperando a liberação dos recursos por parte da Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (Seplan). "Os médicos não foram pagos ainda, porque os recursos destinados à saúde são insuficientes para manter o pagamento em dia, como acontece em todo o país", divulgou a secretaria.