06/11/2009
06/11/2009
Danificado há quase um mês, o tomógrafo do Hospital Walfredo Gurgel (HWG) vem submetendo médicos e pacientes a situações precárias de atendimento. De acordo com profissionais lotados na unidade, este é acima de tudo, um problema ético, pois expõe o médico ao erro e os exames não ficam documentados.
De acordo com o Chefe do Serviço de Neurocirurgia do HWG, Drº Luciano Araújo, um problema desta natureza torna impossível a comparação de exames de controle pós-operatório e de reavaliação de traumas. “As fraturas de coluna, por exemplo, não são diagnosticadas corretamente, o que causa grande prejuízo para os pacientes, que podem ter sequelas permanentes. Para tentar resolver o problema, muitos neurocirurgiões estão fotografando a imagem pelo celular e levando o telefone para sala de cirurgia para operar”, revela, o cirurgião.
O problema se agrava, uma vez que somente este aparelho pode mostrar a imagem do crânio, e estando danificado, esta imagem frequentemente some da tela, pois o aparelho não armazena as informações na memória do computador, não grava em CDR ou imprime o filme como habitualmente é feito. “Desta forma é impossível praticar a neurocirurgia no pronto-socorro de emergência do Walfredo Gurgel”, afirma Drº Luciano Araújo.
Observando os corredores do Hospital cada vez mais cheios, e os pacientes necessitados por exames para diagnósticos de lesões graves, a equipe de neurocirurgiões do Hospital Walfredo Gurgel já preparou um documento para o Conselho Regional de Medicina do RN (CRMERN) relatando todos os problemas que estão surgindo, do ponto de vista de risco para os pacientes e problemas médico-legais pela impossibilidade de documentar com filmes, o resultado dos exames.