A maternidade do Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, em Macaíba, inaugurada no mês de junho deste ano, passa por uma série de problemas relatados pelos médicos que atuam na unidade durante assembleia realizada no Sinmed RN, no último dia 06.

A maternidade atende apenas pacientes de baixo risco e tem suporte para receber pacientes da região, porém, devido ao fechamento de outras maternidades, como o da cidade de João Câmara, o hospital vem recebendo pacientes de vários municípios do interior, superlotando a maternidade.

Além disso, as escalas são incompletas e, até o momento, a Secretaria de Saúde do Estado (SESAP) não realizou a contratação da cooperativa – como prometido – para completar o quadro. Hoje são apenas dois obstetras por plantão, o que eleva o risco de que uma cirurgia seja feita apenas por um médico, com a ajuda do técnico, caso o outro obstetra fique doente ou impossibilitado de ir ao plantão.

A pediatria também tem problemas na escala o que acarreta em mais riscos para o paciente, uma vez que em algumas ocasiões existe apenas o médico obstetra no plantão, ficando o recém-nascido sem a assistência especializada.

Um outro problema relatado pelos médicos da maternidade de Macaíba é com a regulação de pacientes por não haver vagas em outras maternidades. De acordo com a Portaria 2048, do Ministério da Saúde, a regulação de urgência e emergência é de responsabilidade do próprio SAMU, mas os médicos da maternidade acabam assumindo esta tarefa.

Uma paciente de risco elevado precisa ser transferida para uma maternidade que tenha UTI, "sem conseguir a vaga para acolher esta gestante pode-se gerar um risco para paciente e para o bebê, além de colocar em estresse toda a equipe de saúde", afirmou Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.

O Sindicato dos Médicos do RN solicitou audiência com o secretário de saúde do estado, George Oliveira, para apresentar os graves problemas da maternidade de Macaíba e cobrar uma solução para as escalas médicas.