“O Governo do Estado continua cometendo atos criminosos desativando serviços essências à saúde e desassistindo a população”, disse o presidente da Federação Nacional dos Médicos, e Presidente do Sindicato dos Médicos do RN, o potiguar Geraldo Ferreira ao comentar a suspensão atendimento da Maternidade Januário Cicco a gestantes em trabalho de parto nesta quarta-feira por falta de pediatras na escala de plantão.

“Isso é muito grave pois mostra o descaso à obstetrícia pelo governo que não auxilia os municípios disponibilizando verbas e profissionais para atender as demandas”, disse Ferreira. Ele acrescenta que o Estado já fez praticando uma politica nociva a população desde que fechou as maternidades da Apami em São José de Mipibu e em Macaíba.

Segundo ele, essa era uma situação já prevista pelo conselho que apresenta alternativas para a situação: “ Uma delas é a construção de uma maternidade na Zona Norte, já que há uma superlotação e suspensão de serviços na Januário Cicco e a reforma da Maternidade Municipal da Zona Norte.

Mas o grande centro da crítica vai para a falta de gestão do Estado em relação aos municípios. “O governo de Rosalba Ciarlini desativa convênios com os municípios que cada vez mais demitem médicos por preferirem o Programa Saúde da Família do Governo Federal. É o caos.”

Para Jeancarlo Fernandes, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremern), a suspensão do serviço é um retrato “vergonhoso” da situação da saúde no RN. “ Principalmente pelo volume crescente de atendimentos.”
Fernandes informa que o Cremern já pediu explicações oficiais à direção da Januário Cicco para que sejam tomadas as providências imediatas para a reativação dos atendimentos às gestantes.