28/04/2016
28/04/2016
A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) participou no último dia 26, em Brasília, de seminário para discutir junto às entidades médicas e reitores de universidades a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (ANASEM), estabelecido pela portaria 168 do Ministério da Educação e Cultura (MEC), promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
O diretor de Formação Profissional, Residência Médica e Educação Permanente da FENAM, José Romano, questionou diversos pontos obscuros da portaria. “É uma portaria muito polêmica. Não esclarece como será no caso de o aluno ser reprovado, se e como poderá fazer novamente a prova. Dizem que é um teste de progresso, mas isto não é um teste de progresso. Continuam permitindo a proliferação indiscriminada de faculdades e quando são de má qualidade punem o aluno no final”, disse.
Romano afirmou que um teste de progresso é importante, contudo, avaliou que a portaria 168 não estabelece um de forma adequada. Para o diretor da FENAM, a “maneira que essa portaria foi publicada institui um grande risco de se criar uma carreia médica clandestina, onde os não aprovados no ANASEM vão exercer a profissão mesmo sem o registro, pois a faculdade aprova o estudante e um organismo externo se recusa a lhe conferir o registro”.
Após os debates, o governo recuou e afirmou que publicará nova portaria, no prazo de até quinze dias, para esclarecer os pontos obscuros ou omissos da portaria 168.
Clique aqui para ler a portaria na íntegra