A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) realizou no último dia 20, em Natal-RN, Reunião da Diretoria Executiva da entidade, com entrada aberta a todos que desejassem participar, ouvir e expor ideias. A pauta foi livre e abordou diversos assuntos de interesse da categoria médica e serviu para programar as ações para 2015.

Entre os principais assuntos tratados está a entrada de capital estrangeiro na Saúde, como já acontece atualmente, de forma encoberta, e como o governo tem agido de forma a permitir uma maior participação desse capital sem regras claras, tornando precária a situação do médico e dos pacientes.

A forma de contratação do Sistema Único de Saúde (SUS) também foi avaliada. Segundo os médicos presentes, ocorre atualmente uma inversão da ordem legal, onde “o concurso, que antes era a regra para se entrar, agora é a exceção”, apontou um dos presentes.

Também foi discutida a necessidade de o movimento médico participar da elaboração dos orçamentos da saúde a nível municipal, estadual e federal como uma maneira de aperfeiçoar o uso dos recursos.

Outro ponto importante, debatido no encontro, foi acompanhamento dos Projetos de Lei (PL) que tramitam no Congresso Nacional e que podem prejudicar o médico e a saúde pública. “Existem projetos absurdos que vão de encontro aos interesses da categoria médica. Então, a gente pede: você colega, fique antenado à FENAM, à CAP FENAM, que a gente tem informações importantes para vocês saberem que existem deputados federais de seus Estados que têm colocado em pauta PLs que vão de encontro aos interesses da categoria”, afirmou o vice-presidente da FENAM, Otto Baptista.

O presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, fez uma avaliação do encontro. “Nós temos a impressão que teremos muitas lutas em 2015, mas a diretoria chega ao fim do ano completa, no Conselho Deliberativo foram eleitos os cargos vacantes e dez diretores foram empossados. Teremos a força renovada para que 2015, apesar das lutas e dificuldades, possa ser um ano de muitas conquistas para os médicos brasileiros”, disse.