23/05/2013
23/05/2013
No dia 25/05 (sábado), estudantes de medicina de todo o Brasil vão às ruas protestar contra as medidas anunciadas pelo governo federal de trazer médicos graduados fora do país para atuarem no Brasil, sem a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Universidades Estrangeiras – Revalida.
Em Natal, a concentração está marcada para começar às 8h na Associação Médica do RN (AMRN). Em seguida os manifestantes seguem até o cruzamento do Midway, fazem parada no Hospital Walfredo Gurgel, e em seguida retornam a AMRN. Os estudantes conclamam também médicos, profissionais da área de saúde, estudantes de outras áreas e cidadãos em geral para participarem da manifestação.
A manifestação faz parte da Campanha Nacional de iniciativa popular “REVALIDA, SIM!”, que defende a melhor assistência ao paciente, com infraestrutura adequada para atendimento e profissionais qualificados. Desse modo, o movimento tem como bandeira a adoção do Revalida como critério único de revalidação de diploma estrangeiros na área de medicina. A campanha pela manutenção do Revalida tomou fôlego após o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciar a contratação de seis mil médicos cubanos para trabalharem no interior do país.
“Nossa manifestação será a favor do teste de revalidação e da busca de medidas realmente coerentes para melhorar a saúde da nossa população que passa por uma atenção primária de melhor qualidade, investimentos em Saúde e valorização dos profissionais. A questão é muito mais complexa e não se resolve importando médicos de outros países seja lá de onde for”, explica Marcos Dantas, acadêmico de medicina.
O Conselho Regional de Medicina, o Sindicato dos Médicos do RN e os Centros Acadêmicos de Medicina da UNP, UFRN e UERN estão à frente da Marcha.
ABAIXO ASSINADO
O Movimento Revalida SIM organiza também um abaixo-assinado para ser enviado ao Congresso Nacional, onde defendem a continuidade do Revalida e conclamam o Ministério Público Federal e Estadual, os promotores de saúde, os órgãos de Defesa do Consumidor e do Cidadão e as entidades de classe dos profissionais de saúde que se manifestem e lutem junto com o Movimento pela qualidade da saúde do cidadão brasileiro.
No documento destacam a decisão do governo federal em querer contratar médicos graduados no exterior sem que se submetam ao Revalida. Justificam que "o ensino da medicina tem peculiaridades em cada país/região, a carga horária exigida é divergente, bem como as doenças mais prevalentes em cada população, os medicamentos disponíveis em cada país, dentre tantas outras diferenças".
Os estudantes defendem também que o Revalida se transforme em lei e continue sendo acompanhado pelas entidades médicas.