18/05/2010
18/05/2010
A avaliação dos diferentes modelos de gestão em saúde deverá ser analisada pelos participantes do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), programado para julho, em Brasília (DF). Esta foi uma das contribuições do Pré-Enem Nordeste, no qual se enalteceu a importância de se discutir aspectos relacionados às fundações públicas de direito privado, às organizações sociais (OSs) e às organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), sempre com ênfase no controle social e na transparência.
A proposta foi definida por representantes de conselhos de medicina, sindicatos e associações médicas dos nove estados do Nordeste brasileiro, durante encontro promovido de 29 de abril a 1º de maio, em Natal (RN). O Pré-Enem Nordeste trabalhou na conjuntura política relacionada ao exercício profissional, por meio de estratégias em defesa dos médicos, da medicina e da saúde da população.
A proposta encaminhada se destacou entre os três eixos que nortearam os debates: formação médica; mercado e trabalho; e SUS – políticas de saúde e relação com a sociedade. Os mesmos eixos temáticos orientarão a agenda de debates previstos para ocorrer no XII Enem.
A bandeira prioritária é a luta por melhor assistência dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o coordenador da Comissão Nacional Pró- SUS, Remuneração e Trabalho do Médico e 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, o encontro chama a atenção dos gestores para a responsabilidade de encontrar soluções para o sistema: “Assim, poderemos construir um SUS melhor, atento às novas demandas que surgem com o avanço da tecnologia e as mudanças nas relações humanas, econômicas e sociais”.
Os participantes do Pré-Enem também chamaram a atenção dos gestores do SUS para a criação de uma carreira de Estado. Segundo Miranda, com essa medida, em modelo semelhante ao adotado pelo Poder Judiciário e Ministério Público, seria assegurada a presença do médico em todos os cantos do país. Outro assunto de destaque foi o problema da residência médica no país.
Foram expostas as perspectivas e atuais condições da fase de experiência e aprendizado prático dos egressos na residência. O 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital, destacou o perfil do formando em medicina, com destaque para as competências e habilidades. “Há uma preocupação no que diz respeito à formação médica. As escolas médicas e de residência merecem maior atenção”, ressaltou.
Fonte: Jornal Medicina (CFM)