Os médicos da Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, em greve desde segunda-feira, se reuniram na noite de ontem para encaminhar o movimento grevista.

Em assembléia os médicos organizaram as escalas de plantão a fim de garantir à população a escala com 30% dos profissionais o atendimento de urgência.

Os cerca de 50 profissionais entre obstetras e pediatras, reivindicam um aumento no valor do plantão de 12 horas há pelo menos 15 dias.

A greve foi desencadeada após a última reunião entre a prefeitura e o Sindicato dos Médicos, para tratar sobre o assunto, na quinta-feira da semana passada na qual não houve o entendimento sobre a via de pagamento do reajuste.

Atualmente é pago R$ 600 pelo plantão de 12h e os médicos pedem um aumento de R$ 500, passando o valor para R$ 1.100. A Prefeitura já sinalizou com uma proposta de R$ 918, que também foi aceita pelos médicos. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os profissionais deveriam abrir mão dos seus contratos de trabalho para receber esse valor através de uma cooperativa.

Durante a assembleia os médicos discutiram, ainda sobre a possibilidade que os demais médicos do município também entrem no movimento grevista. Um assembleia, durante a noite de ontem, discutiu sobre a possibilidade de toda categoria, cerca de 250 médicos, pararem as atividades.

Segundo Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN  a situação é preocupante em toda a Parnamirim. "O município precisa de 80 equipes do PSF (Programa Saúde da Família) e só tem 43. Dessas, 11 estão sem médico", aponta.

Uma nova assembleia para avaliação da greve acontece na próxima quinta, (16), às 19h na sede do Sinmed.