07/11/2016
07/11/2016
A Greve é sempre um momento de tensão, onde se revelam a coragem, a união, a determinação e os objetivos da categoria. No polo oposto estão empregadores e gestores que encaram o movimento com visões diferentes. Alguns veem como um direito legítimo da categoria que denuncia fortemente problemas que eles conhecem, não tiveram condições de resolver e por vezes uma greve alerta quem está acima e o gestor se fortalece para nesse momento ter as condições econômicas ou políticas de solucionar. Outros se sentem ameaçados, agredidos, com suas posições em risco e partem para um confronto com os trabalhadores. Uma coisa sempre tem que acompanhar quem conduz uma greve, no nosso caso o Sindicato Médico, tem que unificar a categoria, fazê-la acreditar na luta e na vitória, mirar o máximo de objetivos e ter a capacidade de negociar o indispensável. Uma vitória numa greve não é uma derrota da gestão, nem um impasse uma derrota dos trabalhadores. Há objetivos de curto, médio e longo prazo. Uma coisa é certa, a capacidade de diálogo e negociação tem que ser absoluta, mas também a coragem de se sacrificar e endurecer o movimento, quando necessário. Nos últimos dez anos os médicos ganharam muito em organização e capacidade de lutas articuladas. Na grande maioria das vezes tivemos sucesso. Esse momento de greve que passamos no Estado, Natal e Parnamirim mostram que o movimento sindical está vivo e que os médicos estão mais unidos do que nunca.
Dr. Geraldo Ferreira Filho – Presidente do Sinmed RN
*Editorial publicado na Coluna do Sinmed RN, no Novo Jornal, dia 06/11/2016.