30/11/2007
30/11/2007
A discussão sobre o sistema de saúde pública no Brasil ganhou cores dramáticas. Há urgência no estabelecimento de uma política competente, que assegure qualidade no atendimento, melhores equipamentos, e uma remuneração digna como já se remunera outras categorias de servidores com formação equivalente.
A tabela do SUS é classificada como “vergonhosa”. Mesmo depois do aumento da Tabelo do SUS, anunciado em outubro pelo Ministério da Saúde, os médicos são obrigados a acumular empregos, o que se reflete na qualidade do serviço. O SUS paga ao médico R$ 2,50 por consulta ao clínico e R$ 10 ao especialista. Incentivam ao parto normal e remuneram apenas R$ 236 para aquele que fica disponível por horas para tal atendimento. Assim como vários procedimentos como amigdalectomia ou cirurgia de amídalas (R$ 115), postectomia ou cirurgia de fimose (R$ 42), apendicectomia ou cirurgia de apendicite (R$ 211), atendimento ao recém nascido na sala de parto pelo pediatra (27,60).
Neste ambiente, cabe às entidades médicas exercerem suas funções institucionais, conciliando os interesses da classe que representam com o direito dos cidadãos a um atendimento decente.
A comissão Pro-SUS, formada por representantes do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e da Federação Nacional dos Médicos, com participação dos Conselhos Regionais de Medicina, das federadas do sistema AMB e Sindicatos, promoveram no dia 21 de novembro uma mobilização nacional em defesa de melhores condições de trabalho para os médicos e de atendimento competente para a população.
As bandeiras de luta foram definidas:
Com a aprovação da regulamentação da Emenda 29 na Câmara dos Deputados, a classe médica discute como aproveitar o momento político para alertar a população sobre a crise na saúde.
Em Natal, a manifestação ocorreu durante todo o dia na antiga sede do CRM (Praia do Meio) e contou com a adesão de vários colegas médicos e participação das três entidades médicas: CRM, AMRN, SINMED.