Como devo votar?
02/10/2014
Editorial
Como devo votar?
Nesta reta final das eleições, alguns perguntam – Como devo votar?
Eu respondo, devemos votar como cidadãos e como médicos, sem ódio e sem medo, com os olhos e o coração cheios de esperança no país melhor, que poderemos fazer nascer pela força do nosso voto.
Um país que não seja dividido entre ricos e pobres, pretos e brancos, sem privilégios de minorias, onde o mérito seja maior que a cota ou a bolsa que tenta comprar as consciências e encabrestar o voto, onde o trabalho seja valorizado e o esforço pessoal reconhecido e recompensado.
Um país onde a liberdade de pensamento seja um direito de fato, capaz de superar as veleidades dos que pensam poderem impor o pensamento único, onde a verdade seja um objetivo, submetido ao crivo do contraditório e onde ninguém se julgue dono da verdade e imune a críticas, onde a liberdade de imprensa e de opinião comprovem a democracia, onde a livre iniciativa favoreça a criatividade e o empreendedorismo.
Um país que garanta os direitos elementares aos seus cidadãos, onde exista segurança e a vida tenha valor, onde os que cometem crimes paguem por eles e a justiça funcione, onde idade não seja salvo conduto para a impunidade. Onde a educação seja de qualidade e o seu acesso universal, porta para a competição no mercado de trabalho, onde se constrói a economia que melhora a vida das pessoas.
Um país que garanta os direitos constitucionais dos cidadãos, onde a saúde não seja uma utopia e que os avanços da ciência, da tecnologia possam ser colocados a serviço dos que necessitam de cuidados e não sejam desprezados, substituídos por charlatanismo, onde o objetivo final é um faz de conta cujo objetivo é baixar custos, mesmo às custas de vidas, perdidas em unidades sucateadas, desaparelhadas, desestruturadas, em que os investimentos não alcançam o mínimo para um atendimento digno.
Um País onde corruptos devolvam o que roubaram e sejam afastados da vida pública, onde um gestor não possa dizer eu não sabia, pois está ali para liderar e saber o que acontece à sua volta, pois é responsável pelo que gerencia.
Devemos votar como cidadãos e médicos, preocupados com o meio ambiente, com a justiça social, mas onde quem estuda mais, quem trabalha mais, quem dá mais duro, tenha seu esforço e mérito reconhecido, onde quem batalha mais seja admirado e não considerado tolo.
Sim, o país que sonhamos está ao alcance de nosso voto. E devemos marchar para as urnas neste domingo, dia 05 de outubro, cheios de confiança. Ao elegermos nossos deputados, senadores, governadores e presidente da república, deveremos ter consciência que colheremos ou pagaremos pelas nossas escolhas.
O projeto de país que sonhamos exige a confrontação de propostas, histórias de vida e histórico administrativo. Os amanhãs que nos esperam tem suas sementes nos votos que iremos dar, nosso destino se confunde com as propostas de futuro que apoiarmos e na confiabilidade dos que elegermos. Democracia, Liberdade, Fraternidade, Justiça, Igualdade de oportunidades, Meritocracia, Livre iniciativa, Educação, Segurança, Saúde, Honestidade, Competência, Capacidade, não são apenas palavras, são fundamentos da vida em sociedade.
Para votar devemos saber quais os compromissos dos candidatos com esses princípios.
Vamos votar como cidadão e como médicos, Lembrando de nossas lutas, de nossa história, de nossos sonhos, de nossos compromissos com a sociedade e com o país, vamos votar sem ódio e sem medo, com os olhos e o coração povoados de esperança no futuro que poderemos fazer nascer com a força do nosso voto.